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Escritura de caução por meio de hipoteca, sendo intervenientes, como primeiros outorgantes, Bernardino dos Santos e mulher Joana da Conceição, lavradores, residentes no Corgo Comum e, como segundos outorgantes, José Nunes de Castro Sarrico, casado, lavrador, residente no lugar da Coutada, todos desta freguesia de Ílhavo. E logo pelos primeiros outorgantes foi dito que correndo em tempos um processo de querela promovida pelo Meritíssimo Público contra o primeiro outorgante, foi no mesmo processo admissível a fiança na quantia de 500 mil reis podendo assim o primeiro outorgante livrar-se do crime de que foi acusado. O segundo outorgante ficou como fiador do primeiro e, como tal, assinou no cartório o termo de fiança, sujeitando-se às responsabilidades de fiador. Os primeiros outorgantes disseram que desejando garantir ao segundo outorgante a responsabilidade que ele tomou, mas também qualquer despesa que ele tenha de fazer, em virtude da mesma fiança, vêm tomar caução a favor do segundo outorgante, para isto, hipotecaram os seguintes prédios: metade de um prédio que se compõe de casas térreas, pátio, aido lavradio e mais pertences, onde viviam, sito no Corgo Comum, que confrontava a norte com Rosa da Conceição, a sul com estrada distrital, a nascente com os primeiros outorgantes e a poente com rua da Coutada. A metade deste prédio pode render anualmente 10 mil reis e o seu valor é de 350 mil reis. Hipotecaram mais a metade de uma terra lavradia, sita na Salvada, limite da Coutada, que confrontava a norte com Pedro Couceiro da Costa, a sul com herdeiros de José Ferreira, da Coutada, a nascente com servidão de consortes e a poente com António Simões Maio do Miguel, do Bonsucesso. A metade da propriedade pode render anualmente 7 mil reis e o seu valor é de 250 mil reis. Foram testemunhas presentes, Manuel Nunes Ferreira Gordo, José Augusto da Rocha Calisto, ambos casados, proprietários, António de Almeida e Silva, casado, pintor na Fábrica da Vista Alegre, todos residentes nesta vila, João Gomes dos Santos Rigueira, solteiro, negociante e Luís de Oliveira da Velha, solteiro, pintor na Fábrica da Vista Alegre.