Scope and content
Escritura de compra, feita nesta vila de Ílhavo e cartório do tabelião, entre o comprador Manuel Simões, viúvo, criado de servir, à data da escritura, do Excelentíssimo Duarte Ferreira Pinto Basto, natural do Lombomeão, freguesia de Vagos, e residente na cidade de Aveiro, e o vendedor Manuel Fernandes Barros, viúvo, trabalhador, residente na vila de Ílhavo. Foi comprado um assento de casas térreas, com seu quintal contíguo, árvores de fruto e eira, na Chousa Velha, da freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com rua pública, do sul com João Bilelo, do nascente com o reverendo padre José Nunes Valente e do poente com José António Rodrigues, todos da vila de Ílhavo. O prédio era alodial, rendia anualmente cerca de 4.000 reis e foi comprado por 133.000 reis. O prédio pertencia ao vendedor por compra. Foram pagas as despesas inerentes à operação. O prédio comprado tinha sido hipotecado como garantia das seguintes dívidas: a Maria dos Anjos Marcela, da vila de Ílhavo, sobre a quantia de 125.000 reis, por escritura de 1888/09/02 pelo tabelião de Aveiro Gualdino Calisto, e a José Fernandes Preceito, marido da dita credora Maria dos Anjos Marcela, da vila de Ílhavo, sobre a quantia de 25.000 reis, por escritura de 1892/10/18. As dívidas foram pagas, pelo que se destratou as escrituras e cancelou-se o registo hipotecário. Foram testemunhas José Ferreira Jorge, casado, lavrador, residente na vila de Ílhavo, assinando pelo vendedor e ex devedor, João António dos Santos, casado, pescador, e Manuel José de Pinho, casado, serralheiro, ambos residentes na vila de Ílhavo.