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Escritura de compra, feita neste lugar da Vista Alegre da freguesia e concelho de Ílhavo e residência das Excelentíssimas D. Maria Joaquina Rissoto e irmã D. Emília, entre o comprador António Gomes de Pinho, casado, carpinteiro, residente na vila de Ílhavo, Rua de Camões, e aquelas vendedoras, ambas solteiras, proprietárias, aqui residentes, todos maior de idade. Foi comprado um bocado de terreno lavradio, com poço empedrado, na Rua de Camões, no local denominado “Quinta do Chouso”, limite da vila de Ílhavo, a confrontar do norte com estrada pública ou Rua de Camões, do sul e poente com caminhos públicos e do nascente com as vendedoras. O bocado de terreno tinha cerca de 22 metros de comprimento, pelo lado norte, e cerca de 21 metros de comprimento, pelo lado sul, tirados do lado do nascente, pela extrema norte junto à estrada, 200 palmos, a contar da estaca de madeira próxima ao poste telegráfico, e tirados igualmente do lado oposto (extremidade sul) pelo lado de João Gonçalves Bilelo e Fernando Cassola, 125 palmos de comprimento, a contar de uma outra estaca cravada no prédio da Capelôa e tirada depois uma linha reta de estaca a estaca, a restante parte do prédio, a qual fica do lado poente, a entestar no caminho público. O bocado de terreno era alodial, podia render anualmente 4.000 reis e era comprado por 130.000 reis. Foram pagas as despesas inerentes à operação. A propriedade comprada estava hipotecada às Excelentíssimas D. Beatriz Amélia da Conceição Ferreira e irmã D. Raquel, solteiras, maiores, proprietárias, da mesma vila de Ílhavo, por escritura de 1892/03/14, feita pelo tabelião Fortuna, à garantia da importância de 500.000 reis. Foi cancelado o registo de hipoteca desta propriedade porque encontravam-se outras propriedades hipotecadas, com valor suficiente, na mesma escritura. Foram testemunhas Duarte José de Magalhães, solteiro, empregado na fábrica da Vista Alegre, onde residia, e Luís Carlos Bingre, casado, barbeiro, residente em Ílhavo.