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Escritura de caução por meio de hipoteca, feita nesta vila de Ílhavo e secretaria da administração do concelho de Ílhavo, entre o primeiro outorgante o Excelentíssimo doutor Bernardo Faria de Magalhães, casado, à data da escritura administrador do concelho de Ílhavo, e os segundos outorgantes José Francisco Capote, pescador, e mulher Luísa de Jesus Bilela, padeira, todos residentes na vila de Ílhavo. O filho dos segundos outorgantes, Artur Francisco Capote, solteiro, carpinteiro, maior de idade, residente na vila de Ílhavo, tencionava ir para o Rio de Janeiro, Brasil, mas encontrava-se sujeito ao serviço militar, fazendo parte do contingente do ano de 1887 pela freguesia de Ílhavo, não podendo, por isso, sair do reino sem a devida caução, para garantia da Fazenda Nacional. Prestavam, os segundos outorgantes, a dita caução, por meio de hipoteca de um prédio de casas baixas, com quintal, na Rua Direita da vila de Ílhavo, delimitadas a norte com propriedade de Bernardo Rasoilo, da vila de Ílhavo, do sul com Vicência de Jesus, professora particular, do nascente com José Nunes da Fonseca e do poente com carril de consortes, era alodial, podia render anualmente 18.000 reis e tinha um valor venal de 600.000 reis, valor muito superior à obrigação. O primeiro outorgante aceitava a caução por meio de hipoteca. Foram testemunhas os Ilustríssimos Joaquim Augusto Novais, viúvo, secretário da administração do concelho de Ílhavo, assinando pelo segundo outorgante, e Manuel Francisco Gomes Vilar, casado, escrivão da Fazenda do concelho de Ílhavo, assinando pela segunda outorgante, António Nunes Carlos, casado, oficial desta administração, e João Fernandes Pereira, casado, marítimo, todos residentes na vila de Ílhavo.