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Escritura de testamento, feita nesta vila de Ílhavo, Rua de Camões e cartório do tabelião, sendo o testador Manuel dos Santos Martinho, casado, lavrador, natural do Seixo de Mira, freguesia e concelho de Mira, e residente, à data da escritura, na Gafanha (Juncalancho), desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo. Desejava o testador que se realizasse o seu enterro conforme o uso desta freguesia. Desejava que se distribuíssem 6.000 reis pelos pobres mais necessitados desta freguesia. O testador tinha sido casado em primeiras núpcias com Teresa de Jesus, tendo tido 4 filhos deste matrimónio (Manuel dos Santos Martinho Novo, casado com Maria de Jesus, Maria de Jesus, casada com José Maria dos Santos Gregório, Rosa de Jesus, e António, ambos menores, todos residentes no referido lugar da Gafanha), e em segundas núpcias tinha contraído matrimónio que durou até, pelo menos, à data da escritura, com Maria de Jesus Carlos, tendo 1 filha deste matrimónio, chamada Emília, menor, que vivia com o testador. Legava à sua filha Emília a terça parte dos seus bens, direitos e ações, somente no direito de propriedade, sendo o usufruto da sua mulher. Nomeava como sua testamenteira a sua mulher Maria de Jesus Carlos. Foram testemunhas Bento Pereira Gateira, casado, lavrador, residente nesta vila de Ílhavo, assinando pelo testador, Manuel Bernardo da Perpétua, casado, alfaiate, Manuel Soares da Silva, solteiro, cocheiro, Tomé Francisco Malha, casado, ferreiro, João Pinto de Sousa, solteiro, barbeiro, e João Gomes dos Santos Rigueira, solteiro, negociante, estes 5 também residentes na vila de Ílhavo.