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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes como primeiro outorgante credor João dos Santos Marnoto o Toninha, casado, proprietário, residente [à data da escritura] nesta vila de Ílhavo, e da outra parte como segundo outorgante devedor, o [Excelentíssimo] Padre João Manuel da Rocha Senos, solteiro, presbítero, residente nesta mesma vila. [Foi emprestada] a quantia de quatrocentos mil reis, [a um] juro anual na razão de sete porcento, [vencido desde a data da escritura]. [O devedor hipotecava] uma terra lavradia, sita no Muro Gordo, ao pé da ponte da Malhada, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Luís Francisco Marieiro, do sul com caminhos de vários consortes, do nascente com herdeiros de Tomé Batista Madaíl e do poente com António, filho de Manuel José Rigueira, todos desta vila, [era] alodial, [podia] render anualmente doze mil reis, e [calculavam] o seu valor venal em quatrocentos mil reis e uma terra lavradia, sita na Agra da Coutada, limite desta freguesia de Ílhavo, a confrontar do norte com Francisco Nunes Feliciano Camponês, do sul Manuel Simões Preto, do nascente com a rua pública da Coutada e do poente com caminho de vários consortes, [era] alodial, [podia] render anualmente quarenta e cinco mil reis e [calculava-se] o seu valor venal em um conto e quinhentos mil reis. Este segundo prédio [estava] sujeito a hipoteca como garantia de seiscentos mil reis, por escritura com data de vinte e nove de janeiro de mil oitocentos e noventa e um, lavrada na nota do tabelião interino da cidade de Aveiro, Dias da Silva, a favor de Maria dos Anjos Marcela, mulher de José Fernandes Preceito, desta vila. [Foram] testemunhas Manuel Maria da Rocha, casado, alfaiate e José Teiga Júnior, casado, marnoto, ambos residentes nesta vila de Ílhavo.