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[Escritura de] testamento, [feita] nesta vila de Ílhavo, comarca de Aveiro e cartório [do tabelião], [onde] foi pessoalmente presente [o testador] Gil Nunes Gordo, casado, lavrador, natural de Vale de Ílhavo de Baixo e residente no lugar de Vale de Ílhavo de Cima, desta freguesia de S. Salvador de Ílhavo. [Desejava o testador] que se [fizesse] o seu enterro ou funeral conforme o uso desta sua freguesia, que dentro do prazo de um ano [desde o seu falecimento] se mandassem rezar as seguintes missas, todas de esmola ordinária e ditas de uma só vez, a saber: sessenta por [sua] alma, dez por alma de seu pai, dez por sua mãe [e] dez por [seu] irmão de nome José Nunes Gordo. [O testador era] casado, segundo o costume do reino, com Maria de Jesus, [não tendo filhos deste matrimónio, nem quaisquer herdeiros naturais]. [Deixava] todos os [seus] bens, direitos e ações à dita sua mulher Maria de Jesus. [Nomeava] para seus testamenteiros a dita sua mulher e José Migueis Ferreiro, casado, lavrador, residente em Vale de Ílhavo de Cima, [deixando] a este seu testamenteiro, como recompensa, a quantia de quatorze mil e quatrocentos [14.400] reis. [Foram testemunhas] João Ferreira Solha o Parola, casado, proprietário, residente no lugar das Moitas, desta freguesia, que assina a rogo do testador, José dos Santos Vidal, casado, empregado na fábrica da Vista Alegre, residente no dito lugar de Vale de Ílhavo de Cima, desta mesma freguesia, João Francisco Corujo, casado, marítimo, José Ferreira Solha, casado, lavrador, Francisco Ferreira Moura, viúvo, lavrador, e Manuel Simões Teles, casado, negociante, estes quatro residentes nesta vila de Ílhavo.