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Escritura de compra, [feita] nesta vila de Ílhavo e cartório [do Tabelião], [onde] foram pessoalmente presentes como primeiro outorgante credor Henrique António de Abreu, casado, carpinteiro, residente nesta vila de Ílhavo, e da outra parte como segundos outorgantes devedores Manuel Simões Novo e mulher Teresa de Jesus, lavradores, residentes no lugar da Coutada, desta freguesia de Ílhavo. [Foi emprestada] a quantia de duzentos e cinquenta mil [250.000] reis, [com um prazo de um ano a contar da data da escritura onde os devedores não poderiam pagar, vencendo um] juro anual na razão de sete porcento [7%], [vencido desde a data da escritura]. [Os devedores hipotecavam] um prédio de terra lavradia, paúl, sito no lugar da Coutada, próximo á Capela de Santo António, limite desta freguesia, a confrontar do norte com João Simões Preto, do sul com Maria Rosa, viúva de José Simões da Rocha, do nascente com praias da [Excelentíssima] D. Maria, viúva do doutor António Ferreira [Santo] e Silva, de Verdemilho, e [do] poente com caminho público, [era] alodial, [podia] render anualmente seis mil [6.000] reis, e [tinha] o valor venal de duzentos mil [200.000] reis, e uma terra lavradia, sita nos Arieiros, limite desta mesma freguesia, a partir do norte com Manuel Tavares de Almeida Maia, desta vila, do sul com António Redondo, do nascente com Maria Ferreira, e do poente com o [Excelentíssimo] Pedro Couceiro da Costa, [era] alodial, [podia] render anualmente três mil [3.000] reis, e calculam o seu valor venal em cem mil [100.000] reis. [Foram] testemunhas Alfredo José dos Santos Casal, alfaiate, residente nesta vila, que assina a rogo da devedora, Joaquim Simões de Oliveira, viúvo, carpinteiro, e João da Silva Lisboa, casado, serralheiro, ambos também residentes nesta vila.