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Capela de Álvaro de Ornelas Saavedra, fidalgo da casa d’el-rei, e de sua segunda mulher Branca Fernandes de Abreu, filha de João Fernandes do Arco
Identification
Description level
DC
Reference code
PT/ABM/JRC/001/0007/00009
Title
Capela de Álvaro de Ornelas Saavedra, fidalgo da casa d’el-rei, e de sua segunda mulher Branca Fernandes de Abreu, filha de João Fernandes do Arco
Holding entity
Arquivo e Biblioteca da Madeira
Initial date
1586
Final date
1869
Dimension and support / Extents
1 cap.: 132 f. ms.
Content and structure
Scope and content
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento de mão comum feito em 1517-01-18, aprovado em 1518-02-17, sobre o Porto Novo, na sua quinta e casas de morada (fl. 42 v.º a 47 v.º). Testamento do instituidor Álvaro de Ornelas feito em 03-04-1524 e aprovado em 1524-04-08 (fl. 2 a 18); Codicilos aprovados em 1525-11-22 e 1526-01-04 (fl. 18 v.º a 21).MOTIVOS DA FUNDAÇÃO (test.º do fundador): o testador temia a hora da morte e não sabia quando ocorreria; descarrego de consciência.desconhecia o dia e hora ENCARGOS (ANUAIS): 12.000 réis para missas por intenção dos testadores, cera e ornato da sua capela de Santo António da Sé do Funchal, por eles edificada, distribuídos da seguinte forma: quatro missas semanais, seguidas de responso com água benta sobre suas sepulturas (à segunda missa pelos Fiéis de Deus, à quarta em honra de Santo António, à sexta pelas Chagas de Cristo e ao Sábado pela Conceição de Nossa Senhora), pagas com 6000 réis ao capelão que as celebrasse; 4000 réis para cera, azeite, candeias, velas, vinho, azeite e o necessário para o altar; 2000 réis para o administrador. REDUÇÃO DE ENCARGOS: a sentença de redução, emitida em 1819-09-17, reduz as capelas administradas por D. Maria de Ornelas à pensão anual de 70.000 réis à Misericórdia do Funchal.BENS VINCULADOS: terça dos seus bens. Uma declaração do capitão Miguel da Câmara Leme, datada de 1731-08-03 (fl. 120) refere que o rendimento desta capela provém de vários foros, a saber: um foro pago por Manuel Escórcio Lomelino de uma casa na rua de João Gago; um foro pago por José Gonçalves, marceneiro, imposto numa casa ao Jogo da Bola; 2.000 réis de um foro imposto numa casa de D. Maria de Ornelas no Cabo do Calhau; um foro de imposto nas casas onde mora Felício Francisco à rua da Alfândega; 1500 réis de foro imposto na fazenda que fora de Agostinho de Ornelas no Pico do Cardo; um foro de 10 alqueires de trigo imposto na fazenda do Vale Formoso, que possui o padre Bettencourt de Freitas. SUB-ROGAÇÃO DE BENS: em 1851 (fl. 23), verba de sub-rogação do capital do foro de parte da quinta do Palheiro Ferreiro, pertença da Quinta do Garajau, pelo capital das terras do Jangão, Ponta do Sol.SUCESSÃO: sucessão alterada no test.º do testador de 1524 - seria primeiro administrador o filho António de Ornelas “o moço” (o primogénito do 1.º casamento, Mem de Ornelas, e o primogénito do segundo casamento, João de Ornelas foram afastados da administração do morgadio por terem desobedecido ao pai; entre outras razões, Mem de Ornelas tomou à força um serrado abaixo do Caniço). ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS EM 1586 (fl. 24): António Garcia, fidalgo, em nome de sua cunhada D. Jerónima de Ornelas de Abreu, filha de Jerónimo de Ornelas e de Catarina de Barros, e neta dos instituidores. ÚLTIMO ADMINISTRADOR : Agostinho de Ornelas e Vasconcelos.Outras informações do testamento de Álvaro de Ornelas Saavedra (fl. 2 a 18)ENTERRAMENTO: capela de Santo António da Sé do Funchal, onde enterrara sua mulher Branca Fernandes. Diz ter comprado uma campa de jaspe(?), com suas armas e letreiro, que mandara vir da vila de Setúbal.CÔNJUGE: primeira mulher Constança de Mendonça. Filho primogénito destes: Mem de Ornelas c.c. Helena de Góis.FILHOS do segundo casamento do testador com Branca Fernandes de Abreu: João de Ornelas de Vasconcelos (primogénito), António de Ornelas “o moço”, Jerónimo de Ornelas, Pedro de Ornelas, Francisca de Abreu. Estes não têm idade para reger seus bens.TESTAMENTEIRO: Lançarote de Agrela, primo do instituidor (por ocasião da feitura do codicilo o nomeado testamenteiro já era falecido). Recomenda ao grande amigo Bartolomeu Valadares que acompanhe as partilhas quando tiverem lugar.PROPRIEDADES: bens na capitania de Machico: no Porto Novo umas terras que foram de Lourenço Enes de Água de Pena; outro serrado junto do engenho que parte com Martim Álvares, que ficou por morte de sua mulher Constança de Mendonça.CONTAS E DÍVIDAS: o instituidor declara nada dever aos herdeiros de Lourenço Enes de Água de Pena; manda dar a António, filho de Cristóvão Rodrigues, 5.000 réis por um serviço prestado; refere que sua mulher Branca Fernandes de Abreu emprestou 100 cruzados de ouro à senhora capitoa D. Isabel.ESCRAVOS: doa 10.000 réis à escrava Guiomar Álvares, que está em sua casa, e aí permaneceria quanto tempo quisesse; liberta o mulato Manuel Pinto, filho da referida Guiomar Álvares, na condição de servir o filho António de Ornelas durante quatro anos (fl. 8); refere uma escrava mourisca Isabel; liberta o mulato pequeno Francisco Chiquo(?), filho da escrava Beatriz, na condição de servir o filho Pedro de Ornelas durante dois anos.DOAÇÕES: a Fernão Brás, criado antigo e com bons serviços prestados, para além do canavial, doa-lhe ainda: 20.000 réis em dinheiro, uma junta de bois, um moio de trigo da terra para semear, uma égua e um poldro; aos herdeiros de Álvaro Esteves manda dar 50 arrobas de açúcar branco.VESTES, JOIAS, ARMADURAS: refere gastos de armaduras, moços e cavalos, com o filho João de Ornelas nas partes de África; joias e vestidos doados à filha Francisca de Abreu.
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