OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, João Baptista e Silva, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] visconde de Anadia [D. João Rodrigues de Sá e Melo] sobre: informa que fez amizade com o Príncipe de Bembe e obteve licença para negociar no seu porto; o comércio deste porto consiste em escravos e marfim e dista 3 a 4 dias de viagem destas ilhas; o Príncipe e os seus governadores, estimaram muito o estabelecimento desta comunicação, dizendo que os seus antepassados falavam dos portugueses, como tendo sido os primeiros brancos a aparecerem naquele porto; o feitor do negociante de Lisboa, que se veio estabelecer nestas ilhas, enviou embarcações ao dito porto; a exploração continuará pelos rios do Camarão e Calabar, a fim de se negociarem escravos, cera e marfim; participa que comprou um bergantim à sua custa, por falta de dinheiro no Cofre da Fazenda Real, a fim de aumentar o comércio com o continente de África; estabelecimento de amizade com 2 reis do Gabão, tendo obtido o seu consentimento para negociar nos seus portos, dando preferência aos portugueses; participa que tem se esforçado para desenvolver a agricultura a navegação e o comércio.