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Escritura de testamento, sendo interveniente, Rosa da Cruz, casada, governanta de casa, natural do Cabeço da [Ereira], freguesia de Nariz e moradora na Viela da Manga desta freguesia. E logo pela outorgante foi dito, que estava doente de cama, que fazia o seu testamento e disposição de última e derradeira vontade, da seguinte forma: queria que o seu funeral fosse feito à vontade de seu marido José Fernandes Claro; queria que dentro do prazo de 6 meses, após a sua morte, se mandassem rezar missas por alma dela testadora. Dispondo dos seus bens temporais, declarou que era casada com José Fernandes Claro, que vive na companhia dela testadora e, que deste matrimónio não teve quaisquer filhos, mas tem ainda o seu pai vivo, António Nunes Belém, morador no dito lugar do Cabeço da [Ereira], pelo que a testadora só pode dispor livremente da terça dos seus bens, a testadora deixa e lega a terça de todos os seus bens, tanto no direito de propriedade e usufruto, ao seu marido José Fernandes Claro. Se, porém, à data do falecimento da testadora, o seu pai já tiver falecido, deixa e lega todos os seus bens ao mesmo seu marido, o qual nomeia também para seu testamenteiro. Foram testemunhas presentes, Domingos Pereira Ramalheira, casado, alquilador, José Pereira Ramalheira, casado, distribuidor postal, João dos Santos Barreto, casado, marítimo, José Francisco Camarão, casado, marítimo, José Maria Cândido da Silva e José Fernandes Pinto, estes dois casados, sapateiros e todos moradores nesta vila de Ílhavo.