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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca, sendo intervenientes, Manuel Luís da Silva, como credor, solteiro, alfaiate e, como devedores, Pedro Nunes Sapateiro, lavrador e mulher Manuel Nunes da Rocha Prarola, padeira, todos moradores em Vale de Ílhavo de Cima, desta freguesia. E logo pelos devedores foi dito que receberam de empréstimo, da mão do credor, a quantia de 250 mil reis. Os devedores obrigavam-se a restituir ao credor aquela quantia e, enquanto não o fizessem, ficavam ainda obrigados ao pagamento de juros anuais à razão de 6 por cento. Davam como segurança de pagamento uma terra lavradia e respetivos pertences, sito no lugar de Vale de Ílhavo de Cima, desta freguesia, no local denominado “a Agra”, que confrontava a norte com José da Silva Gordo, de Vale de Ílhavo de Cima, a sul e nascente com António Moço, da Lavandeira, mas residente na mesmo lugar de Vale de Ílhavo e a poente com caminho público que vai para as Moitas. A propriedade poderia render anualmente 8 mil reis e o seu valor é de 250 mil reis e mais uma terra lavradia, sita no caminho de Santa Bárbara, próximo às Moitas, freguesia de Ílhavo, que confrontava a norte com Luís Rodrigues Valente, a sul com Manuel Fernandes da Silva, ambos de Vale de Ílhavo, a nascente com vala de água e a poente com caminho público, o valor desta propriedade é de 200 mil reis e o seu rendimento anual é de 6 mil reis. Foram testemunhas presentes, Manuel Francisco de Oliveira, casado, lavrador, morador nesta vila, Joaquim António Biu, casado, carpinteiro, também morador nesta vila e José Pedro Ribas, casado, lavrador, residente em Vale de Ílhavo de Cima, no Campo Largo.