Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
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Identification
Description level
Fonds
Reference code
PT/TT/CSB
Title
Congregação de São Bento
Title type
Atribuído
Holding entity
Arquivo Nacional Torre do Tombo
Initial date
1683
Final date
1800
Dimension and support
4 liv.; papel
Context
Biography or history
O papa Pio V, a instâncias do rei de Portugal, erigiu e instituiu a Congregação de todos os mosteiros da Ordem de São Bento, outra dos mosteiros da Ordem de Cister, e outra de todos os mosteiros da Ordem de Santo Agostinho, que a elas foram unidos e incorporados, suprimindo as abadias perpétuas que ao vagar passaram a ser ocupadas por abades trienais.A Congregação de São Bento de Portugal resultou do agrupamento dos mosteiros portugueses que seguiam a Regra de São Bento. Inspirava-se na Congregação espanhola de São Bento de Valladolid, fundada no século XV. A reforma iniciou-se com a nomeação de Frei Pedro de Chaves, reformador de Santo Tirso, como abade do Mosteiro de São Martinho de Tibães, pelo cardeal D. Henrique, como executor das bulas de reforma, designadamente "In eminenti" de 30 de Abril de 1566, e "Regimini Universalis Ecclesiae" de 13 de Agosto de 1567, tendo ele tomado posse do mosteiro em 1569 e presidido ao primeiro Capítulo Geral em 1570. Esta assembleia decidiu fazer de Tibães a «casa-mãe» da Congregação, ficando o seu abade simultaneamente como abade geral. O abade Geral da Congregação e abade de Tibães era eleito por três anos em Capítulo Geral (também trienal). Neste, elegiam-se igualmente os Definidores (que interpretavam oficialmente as Constituições e coadjuvavam o Geral), os visitadores dos mosteiros da Congregação e os abades de todos os mosteiros. O noviciado fazia-se em casas próprias para isso designadas, por tempo indeterminado, os estudos de Artes e de Teologia em colégios (a Teologia ensinava-se normalmente no colégio de São Bento de Coimbra) e o voto de estabilidade vinculava os monges à Congregação no seu conjunto e não, como acontecia até 1570, a qualquer um dos mosteiros.Os mosteiros antigos da Congregação foram os seguintes: São João Baptista de Arnóia, São Miguel de Bustelo, São João de Cabanas, Santa Maria de Carvoeiro, São Martinho de Cucujães, Salvador de Ganfei, Santa Maria de Miranda, São Romão do Neiva, Salvador de Paço de Sousa, Salvador de Palme, São João Baptista de Pendorada, Santa Maria de Pombeiro, São Miguel de Refojos de Basto, Santo André de Rendufe, Santo Tirso de Riba de Ave, Salvador de Travanca, São Bento de Coimbra, todos eles fundados antes de 1567. A Congregação tomou posse ainda dos mosteiros antigos de Arga e de São Cláudio, mas não conseguiu restaurá-los. Depois de 1570, fundou mais quatro em Portugal: São Bento da Saúde e Nossa Senhora da Estrela em Lisboa, São Bento da Vitória, no Porto, e São Bento dos Apóstolos, em Santarém; a partir de 1581, fundou vários mosteiros no Brasil: Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, e outros que, em 1827, formaram a Congregação de São Bento do Brasil. Em 1834, no âmbito da "Reforma geral eclesiástica" empreendida pelo Ministro e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 30 de Maio, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo. Os bens foram incorporados nos Próprios da Fazenda Nacional.
Custodial history
Em 1912, os livros 1 a 3 foram remetidos pela Biblioteca Nacional à Torre do Tombo.Não é ainda conhecida a história custodial e arquivística do livro 4.A documentação foi sujeita a tratamento arquivístico, no final da década de 1990, empreendido por técnicos da Torre do Tombo e por investigadores externos. Em Outubro de 1998, foi decidido abandonar a arrumação geográfica por nome das localidades onde se situavam os conventos ou mosteiros, para adoptar a agregação dos fundos por ordens religiosas. Desta intervenção resultou o facto de cada ordem religiosa passar a ser considerada como grupo de fundos, e simultaneamente como fundo, constituído a partir da documentação proveniente da casa-mãe ou provincial, alteração esta que provocou a alteração de cotas nos fundos intervencionados. Neste caso, a documentação deste fundo esteve, até à data de 2002, identificada como sendo do fundo do Mosteiro de São Martinho de Tibães, como indicam as cotas antigas, e passaram para o fundo Congregação São Bento e receberam cota específica.Foram constituídas séries documentais segundo o princípio da ordem original sempre que possível (com base em índices de cartórios quando existentes), correspondendo à tipologia formal dos actos, e que, na generalidade, é documentação que se apresenta em livro. A documentação que se encontra instalada em maços foi considerada como uma colecção ao nível da série, com a designação de 'Documentos vários', não tendo sido objecto de intervenção.Este projecto deu origem à publicação da monografia designada 'Ordens monástico-conventuais: inventário', com a coordenação de José Mattoso e Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha.
Content and structure
Scope and content
Contém actas dos Capítulos e Juntas Gerais, cartas pastorais, breves, entre outros.Fundos Eclesiásticos; Ordem de São Bento
Arrangement
Organização em séries documentais correspondendo à tipologia formal dos actos.
Access and use
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.MATTOSO, Fr. José - "Documentos beneditinos da Torre do Tombo". Lisboa: [s.n.], 1970. Sep. de "Lusitania Sacra", 8. Exemplar disponível no Serviço de Referência do IAN/TT: (L 285 A).INSTITUTO DOS ARQUIVOS NACIONAIS/TORRE DO TOMBO - "Ordens monástico-conventuais: inventário: Ordem de São Bento, Ordem do Carmo, Ordem dos Carmelitas Descalços, Ordem dos Frades Menores, Ordem da Conceição de Maria." Coord. José Mattoso, Maria do Carmo Jasmins Dias Farinha. Lisboa: IAN/TT, 2002. XIX, 438 p. ISBN 972-8107-63-3. (L 615) p. 10-11.
Associated documentation
Related material
Complementares:Portugal, Torre do Tombo, Mosteiro de São Martinho de Tibães.Portugal, Torre do Tombo, Colégio de São Bento de Coimbra.Portugal, Torre do Tombo, Bulas, mç. 68, n.º 189.
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