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Identification
Description level
D
Reference code
PT/AMM/AMR/FT/NG01/109
Title
Negativo. Antonio Maria Ribeiro na Fábrica de Pratas Casa Reis, por Fotografia Guedes (?)
Holding entity
Câmara Municipal de Mafra; Arquivo Histórico Municipal de Mafra
Initial date
1916
Final date
1929
Dimension and support / Extents
23,8x17,8 cm
Content and structure
Scope and content
Negativo fotográfico em vidro representando António Maria Ribeiro em sala, sentado a secretária, vendo-se vários dos seus trabalhos espalhados pelo espaço, quer em cima de peças de mobiliário, quer através de uma série de fotografias que se encontram emolduradas nas paredes ou apenas sobre cartões, estas colocadas em cadeiras. Entre outros, destacam-se a "Taça Camoneana", um bule e a salva "Dante e Beatrice". Tudo indica que se trata de uma fotografia encenada, em particular, a pose de António Maria Ribeiro (teve de permanecer imóvel durante o tempo de exposição), a desarrumação fingida e a iluminação excessiva que parece existir no interior da sala. O espaço corresponde a uma sala da "Casa Reis - Fábrica de Pratas", onde António Maria trabalhou até à década de 20' do século passado, espaço esse identificado a partir da comparação da arquitectura com a de outros espaços fotografados cujos negativos existem neste espólio ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-047, 064, 065, 066, 067, 068, 069, 070, 121, 122, 123, 132, 133); no conjunto destes, destaca-se, em particular, um exterior no qual se vê a fachada do edifício, com placa aposta sobre a porta principal ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-124). É de notar também que as peças visiveis na fotografia (peças e fotografias de peças) são da autoria de António Maria Ribeiro ainda enquanto artísta desta casa.A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives Honorários da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Access and use
Language of the material
por, spa
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