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Escritura de empréstimo de dinheiro a juro com hipoteca e fiança, sendo intervenientes, Joana Nunes dos Reis, como credora, negociante, residente nesta vila, mulher de Joaquim Cachim, ausente como marítimo que é e, como devedores, João Maria da Silva, marítimo e mulher Maria Rosa Botas, costureira, residentes nesta mesma vila e, como fiador, Manuel Gonçalves Vilão, viúvo, marítimo, residente também nesta vila. E logo pelos devedores foi dito que receberam, da mão do credor, a quantia de 180 mil reis e dela se constituíam como devedores. Estes obrigavam-se a restituir a referida quantia e, enquanto não o fizessem, ficavam ainda obrigados ao pagamento de juros anuais à razão de 7 por cento. Davam como segurança de pagamento uma casa térrea, onde viviam, com seu pátio e mais pertences, sita na Rua de Camões, desta vila, que confrontava a norte com estrada distrital de Aveiro a Vagos, a sul e nascente com Augusto de Oliveira Pinto e a poente com herdeiros de Henrique Quaresma, todos de Ílhavo. A propriedade podia render anualmente 6 mil reis e o seu valor é de 200 mil reis. Apresentaram ainda como seu fiador Manuel Gonçalves Vilão, o qual, hipotecou um serrado de terra lavradia e respetivos pertences, sito na Sardanica, limite desta freguesia, que confrontava a norte com Alberto Ferreira Pinto Basto, a sul com herdeiros de Luís Francisco Simões Diogo, a nascente com os mesmos herdeiros e a poente com herdeiros de João Simões Diogo, do Vale de Ílhavo. A propriedade pode render anualmente 6 mil reis e o seu valor é de 200 mil reis. Foram testemunhas presentes, Alexandre Cesário Ferreira da Cunha, solteiro, aspirante de farmácia, residente nesta vila, Francisco Gonçalves de Melo, casado, proprietário, desta mesma vila, António Pereira Ramalheira Júnior, casado, marítimo e João Leite Mónica, casado, carpinteiro, ambos residentes nesta vila.