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Contém a seguinte informação: "A qual Encíclica foi mandada directamente aos Ordinários do Reino pelo Internúncio de Sua Santidade, sem preceder conhecimento e aprovação do Governo".Inclui ofícios do doutor António José Lopes de Morais, vigário geral da diocese de Coimbra, de Jerónimo, bispo do Porto, de Pedro, arcebispo primaz de Braga, de José António de Mata e Silva, vigário geral e governador do bispado da Guarda, de Jorge Manuel Lobo Pimentel, vigário capitular do bispado de Beja, de José, bispo de Viseu, de José Marques Leite, vigário geral de Castelo Branco, de Manuel, bispo de Leiria, de Francisco, arcebispo de Évora, de Manuel Martins Manso, bispo do Funchal e governador do bispado de Bragança, de José Freire Falcão, vigário geral da diocese de Pinhel, do cardeal patriarca de Lisboa, do bispo de Lamego, e do bispo de Angra, e outros documentos.Destinava-se a obter a declaração dos sentimentos dos prelados e do povo das respectivas dioceses sobre o "importante assunto da Imaculada Conceição da puríssima Virgem, Mãe de Deus e dos Homens". Segundo o Arcebispo Primaz de Braga, D. Pedro, a resposta foi enviada ao Internúncio por se entender que as epístolas enviadas ao supremo Pastor da Igreja pelos prelados, a fim de declararem o seu parecer sobre pontos de fé, costumes, e disciplina eclesiástica, não estão sujeitos ao régio exequatur, contudo quis dar conhecimento da sua resposta à Rainha enviando cópia ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e de Justiça (9 de Janeiro de 1850). Também o Arcebispo de Beja, D. Francisco escreve à Rainha (28 de Janeiro de 1850) em conformidade da Portaria do citado Ministério de 26 de Dezembro de 1849, concedendo a todos os prelados portugueses a faculdade de responderem à Encíclica do Papa Pio IX, que tinha sido suspensa pela Circular de 19 de Maio do mesmo ano. O Arcebispo informa que a carta apenas versa sobre "a pia crença do Mistério da Imaculada Conceição" que ele, o clero e o povo da sua diocese adoptaram, sem qualquer oposição "à definição de um mistério que parece ter sido insinuado, com o leite, no coração de todos os Portugueses". Refere a instância da Rainha, em 1844, dirigida ao Papa Gregório XVI, à qual une a sua profissão de fé, e sublinha o seu predecessor, "o eruditíssimo D. Frei Manuel do Cenáculo Villas Boas" tão incansável se mostrara na defesa do citado mistério. As cópias estão escritas em latim.