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OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, Luís Joaquim Lisboa, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] conde das Galveias [D. João de Almeida Melo e Castro] a participar que no dia 7 de Janeiro, deu fundo no porto a sumaca Nossa Senhora da Pena, da praça da Bahia, de que é mestre Joaquim Lourenço de Sousa, o qual tendo feito negócio de escravos no rio dos Camarões, e não querendo tocar esta ilha, arribou à de Ano Bom, cujos habitantes com o seu capitão-mor, logo encheram o navio; a sumaca ficou em 4 braças de água fundo pedra, razão porque o mestre não o pôde ancorar; o capitão-mor da ilha ordenou que grande número de gente voltasse para terra nas canoas em que se tinham transportado, persuadidos que no dia seguinte o navio aportava à ilha; pelo contrário, e em resultado das fortes correntes de água e de ventos ponteiros, depois de 15 dias, se viu obrigado por falta de água e de mantimentos, a demandar a ilha de São Tomé, trazendo a bordo o capitão-mor e 47 homens; este requereu que os mandassem transportar para a sua pátria; informa que não anuiu à sua súplica, porque que a ilha de Ano Bom pertence à Coroa de Castela, a viagem é problemática devido às correntes e ventos contrários e por se despender uma avultada quantia que não está autorizado a desembolsar. See original record