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Identification
Description level
File
Reference code
PT/TT/CFTR-ALM/016-16.26/0128/00051
Title
Cartas de D. João de Almeida, marquês de Alorna, dirigidas ao filho Pedro
Holding entity
Arquivo Nacional Torre do Tombo
Dimension and support
1 doc. (95 doc., f. 88 a 294); papel
Context
Custodial history
Documentos instalados em pasta coberta com papel fantasia, com rótulo, e fecho por atacas de cor encarnada. No rótulo lê-se: "Cartas de D. João de Almeida Marquês de Alorna a seus filhos."Em 2023, no âmbito do tratamento arquivístico em curso, as cartas estavam carimbadas e numeradas como fólios. Encontravam-se em capilha identificada "Pedro". As cartas só esporadicamente estão datadas. A sequência dada pela foliação e os assuntos ou acontecimentos mencionados mostram avanços e recuos no tempo. A foliação permanece mas os documentos foram cotados. Os documentos 94 e 94A estão truncados.
Content and structure
Scope and content
«Meu filho do meu coração». Cartas referindo o duelo dos dois capitães sobre o qual manifesta a sua opinião, envia o cavalo entregue por monsieur du Roule para o neto Joanico, diz que «há presentemente muito poucas coisas de brincos de crianças», manda uma cadeira com rodas para o Miguel, e estampas de cavaleiros, de soldados, e de animais (doc. 50 A); alude à carta escrita por Pedro a Luís Pinto «pela forma que lhe deste em estilo militar e fidalguesco», a «guerra privada» e a «guerra pública» (doc. 51); o conde de Óbidos; o perigo da doença da neta Luísa, «uma febre maligna com pintas, que mostrava ser das mais contagiosas.», as casas da Lapa e as de Almada, em Almeirim sucedeu «a moléstia da Henriqueta que foi do lote da de Luísa», a doença da filha Leonor, apreciação feita ao estilo epistolar da mulher de Pedro, à sua bondade e amabilidade (doc. 53), queixas da «destampação» da filha Leonor; alusão ao desgaste do filho por causa da fábrica e legião a seu cargo, à tosse, as pastilhas que lhe manda vindas de Inglaterra, ao frasco «de Quina boa» em pó que lhe pediu, alusão às casas arrendadas, o impedimento das cobranças da Alcaidaria Mor de Santarém; decreto do Príncipe para serem entregues a Pedro e à sua legião oito mil cruzados, o casamento do marquês de Fronteira (doc. 61), o neto Ribeira, o citado casamento, a chegada do marquês de Gouveia (doc. 62); carta datada de Caldas da Rainha, 25 de novembro de 1788, com um borrão incompleto, no verso, de outra dirigida à mulher de Pedro [?] (doc. 65), a possibilidade da guerra ou a paz com os Franceses (doc. 66), o efeito da água de neve e do sorvete no tratamento da constipação, a cobrança das tenças da Casa de São Vicente e a questão do encarte (doc. 71), as novas insolvências do juíz de fora de Abrantes (doc. 72), o casamento de Leonor e as bexigas que lhe sobrevieram (doc. 73), envio de bonifrates para os pequenitos, «outra garrafa de tabaco francês superlativo» para a mulher de Pedro (doc. 76), o neto José, o Pamplona, duas garrafas de rapé francês para a nora (doc. 77), «o projecto de prevenir os castelhanos», a possibilidade da vinda dos franceses, o Pamplona, a estadia da mulher e do filho de Pedro em casa do Marquês (doc. 78), carta «Para o meu filho o Marquês d´Alorna» (doc. 82), a doença da mulher de Pedro no nono mês de gravidez, e os nomes dos médicos que a assistiram na casa de Lisboa, em 31 de julho (doc. 83), referência à Quina, o sobreparto do Miguel, os cinco filhos de Pedro, queixas da irmã de Pedro em 27 de março de 1798 (doc. 84), outra menção aos dois oficiais da Legião de Pedro que se confrontaram ficando ambos em mau estado, referência aos netos, às cinco netas em Almada, ao José da Junqueira (doc. 90); o juíz de fora de Viseu, de novo a «guerra privada» e a «guerra pública», a conversa do marquês de Alorna com o de Ponte de Lima, o duque de Lafões e o coronel enviado a Viseu (doc. 93). Pedro promovido a Tenente General tal como Gomes Freire e o Monteiro Mor, «está feita a nossa paz com os franceses na qual concorrerá o consentimento dos ingleses» (doc. 97); «[...] o Duque de Lafões escreveu ao marquês de Ponte de Lima, sobre essas trapalhadas de Abrantes, e que este ministro d' Estado passou logo a ordem a seu genro, para que fizesse eleger câmara nova na dita vila de Abrantes, e que os vereadores mais antigos fossem logo à tábua, assim como também há-de ir o juíz de fora, e ficar riscado do serviço.» (doc. 111); a mulher de Pedro como enfermeira mor da legião do marido, menção às instruções a dar aos franceses (doc. 118); «[...] mas agora já se pode dizer por escrito, que o juíz de fora [de Viseu] vai riscado do serviço, e que até um moleiro, que foi desaforado, receberá castigo bastante.» (doc. 121); aniversário da neta Leonor marquesa de Fronteira, e os netos João, Miguel e José (doc. 122); referência ao marquês de Fronteira cujo posto foi proposto por Pedro (doc. 128); um rolo de concertos de instrumentos de vento pedido por Pedro (doc. 129); carta «Para o Marquês d´Alorna D. Pedro meu filho, Abrantes» (doc. 137); Decreto para a receção dos 8 mil cruzados, o caso do Juís de fora de Viseu, a moléstia da rainha há cerca de 8 anos e a perspectiva da regência do Príncipe em 3 de novembro de 1793, o neto João (doc. 142); o neto José e um caixote onde «vão bonitos para os dois pequenos, a saber, dois jogos de bola, duas chamadas salas de dança, dois cães que ladram puxando-lhe por uma corda, duas caixas de soldados de estanho, duas espingardas, duas espadas, uma lanterna mágica, que tem algum tanto que armar.», o casamento do marquês de Fronteira no dia seguinte (doc. 143); uma borracha de goma elástica com bico de estanho para o pequenito [Joanico) (doc. 144); envio de umas estampas de escola de picaria, para lombrigas comer hortelã, família de Pedro em Estremoz (doc. 145).Nas cartas encontram-se reflexões sobre a família, a descendência, características dos netos evidenciadas com agrado; há cartas cujo assunto não é tocado intencionalmente. Sobre a filha Leonor conta o marquês seu pai: «Tua irmã que com estes ares teria passado excelentemente, se não estivesse encasquetada de que vista a sua perfeição, e o seu juízo infinito, toda a gente está obrigada em consciência a ser sempre da sua opinião, e a reputar as suas decisões como as do Papa em matéria de fé. Neste termos consome infinito com qualquer leve coisa, que lhe pareça contradição, de que se lhe seguem acidentes histéricos, onde lhe dá em falar sempre em francês. Com isto tem passado consumida, apurando também muito a paciência das filhas, e de todos os mais assistentes. Sem embargo disto come, e dorme muito bem, vai passear a cavalo, e vai de vez em quando a Lisboa, por conta dos seus negócios, e dos alheios» em carta endereçada ao filho Marquês d´Alorna em Estremoz (doc. 91). Outros pormenores da atitude e temperamento da filha Leonor após a libertação do pai do forte da Junqueira, em comparação com os dezoito anos e meio de prisão, podem ser lidos no documento 115.
Arrangement
No inventário, a documentação de D. João de Almeida [e Portugal], 2.º Marquês de Alorna, encontra-se descrita na Segunda Parte, ponto 16.
Access and use
Language of the material
Português
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.Instrumentos de Descrição, Casa Fronteira e Alorna, II - Inventário da Documentação da Família Almeida, L505, p. 15.
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