OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a informar que ainda não chegou a nau proveniente de Goa, por conta da Fazenda Real, trazendo os panos e os tecidos do Malabar, com que regularmente se costumam prover os presídios de Angola, para fardamento da tropa; participa da necessidade de virem mais fazendas, a fim de se comprarem cera, algodão, azeite, peles de seixe e de veado; considera que o método utilizado nas antigas compras, originava grande despesa para a Junta da Fazenda Real, com diversos desperdícios, tal como o da compra do ferro para as obras do Real Trem da cidade, havendo-o na fábrica de Caxilo, onde agora se faz toda a ferragem e pregaria para o brigue real, quase sem despesa para a Fazenda Real; propõe que em lugar da remessa do ferro em barras, para os Arsenais Reais, se remetam em ferragem e em pregaria, para uso e consumo dos Arsenais Reais. See original record