OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a informar do estado em que se encontram os diversos estabelecimentos por si criados para o progresso de Angola, a saber: 1) fardamento das companhias de linha que guarnecem os presídios de Angola, 2) o estabelecimento de Ambaca vai cumprindo os seus fins, curtindo-se lá os couros para o calçado da tropa e fiando-se o tecido para as tangas do uniforme de polícia, 3) em Muxima, Pungoandongo e Cambambe, estão em construção os tanques para a feitura do anil, do qual se fez uma grande plantação, 4) a navegação no rio Cuanza continua com muitas vantagens para o comércio e utilidade para a Fazenda Real, devido aos fretes que se recebem das canoas e das lanchas, 5) idem para a navegação no rio Bengo, relativamente à exportação das farinhas e milhos para alimentar a tropa, 6) a campanha de vacinação continua com êxito, 7) continuam a construção do brigue de guerra, a obra do cais grande e a plantação de arvoredos na cidade, 8) deu-se início à iluminação da cidade, considerando que 60 lampiões serão suficientes, 9) conserta-se o armamento da tropa de linha. See original record