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Escritura de empréstimo de dinheiro, celebrada em casa do reverendo Fernando Eduardo Pereira, encomendado da freguesia de Ílhavo, entre a credora madre priora e mais Religiosas do Governo de São João Evangelista das Carmelitas Descalças, da cidade de Aveiro, representadas pelo seu procurador o reverendo Fernando Eduardo Pereira, e os devedores Fernando dos Santos Patoilo e sua mulher Rosa dos Santos Neves, da Rua de Alqueidão da vila de Ílhavo. A procuração era datada de 28-03-1854 e assinada pela priora Maria de São José do Nascimento e pelas Clavarias Ana de Jesus Maria José, Maria Isabel da Conceição e Teresa Maria da Conceição. Empréstimo de 80 000 réis, a juros anuais de 5 por cento, iniciando-se o vencimento dos juros 1 ano após a data da escritura. Os devedores apresentavam, como garantia particular do pagamento, 1 terra, na Chousa Nova, com capacidade de semear 4 alqueires, delimitada a sul com a viúva de Tomé Gonçalves Vaz e a nascente com o capitão Pedro Fernandes da Silva, dos Moitinhos, e 1 terra, na Lagoa, com capacidade de semear 3 alqueires e meio, delimitada a sul com João dos Santos Batel e a norte com Fernando dos Santos Carrancho. Foram nomeados fiadores Sebastião dos Santos Patoilo, solteiro, sui juris, e Francisco dos Santos Carrancho, viúvo, ambos da Rua de Alqueidão, sendo que o primeiro apresentava, como garantia, 1 terra, no Possadouro, com capacidade de semear 6 alqueires, delimitada a poente com o caminho que vai para Santa Bárbara e a nascente com João Nunes Ramos o manica, sendo que o segundo fiador apresentava, como garantia, 1 terra, na Agra de Alqueidão, com capacidade de semear 3 alqueires e meio, delimitada a norte com a viúva de Luís dos Santos Carrancho e a sul com Tomé Nunes Caramonete. Foram testemunhas Luís Pereira Lebre, casado, proprietário, e Manuel Eduardo Pereira, solteiro, pintor da vila de Ílhavo.