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A documentação é formada por duas partes. Na primeira, encontram-se os documentos escritos em caracteres chineses, as chamadas Chapas Sínicas, que consistem na correspondência oficial das autoridades chinesas enviadas às autoridades portuguesas sediadas em Macau. Não é certo o motivo da designação de chapas, e diverge conforme os autores. Alguns apontam que o nome advém da tradição portuguesa de assim se referir aos documentos em chinês, e que poderá estar associada ao facto de a correspondência e documentação oficial ser enviada dentro de um invólucro de protecção em chapa metálica, ou ainda porque, inicialmente as autoridades sínicas terem enviado documentação impressa em folha de ouro. O Prof. Jin Guo Ping aponta para o facto de muitos dos documentos emanados pelas autoridades chinesas apresentarem um moldura impressa por chapa, onde era, depois, inscrito o texto. São ao todo 10 maços com cerca de 1480 documentos e 3 macetes de fragmentos, datados de 1693, 1703, 1741 a 1851, 1872 e 1886. Na segunda parte da colecção encontram-se as versões portuguesas dessas chapas, também designada Chapas Sínicas em Português, ou seja, as traduções coevas realizadas para as autoridades portuguesas e as minutas da correspondência enviada pelo Leal Senado de Macau através do seu Procurador às autoridades chinesas, constituindo 5 livros e 4 maços, datados de 1749 a 1836.Os assuntos e temas são referentes aos mais diversos aspectos das relações entre as autoridades portuguesas e as chinesas, e os mais recorrentes são: as questões de justiça e de jurisdição (aplicação da justiça chinesa em Macau, jurisdição sobre os estrangeiros de Macau, casos legais e de ordem pública), os assuntos económicos e de comércio (fiscalidade, designadamente o foro do chão, a proibição do ópio, contrabando, mercadores), os problemas religiosos (a missão clandestina na China, a repressão contra os católicos chineses, selecção de missionários e evangelização), as relações diplomáticas (entre Macau e os países asiáticos e europeus, nomeadamente a Inglaterra e a sua presença em Macau, circulação de estrangeiros, o envio de embaixadas), a navegação dos mares e utilização de portos (combate à pirataria, embarcações, naufrágios e náufragos, tributos à navegação). São igualmente frequentes as situações referentes a obras em edificações, quer civis quer militares, e a construção clandestina.Existem referências a Cantão, Manila, Goa, Pequim, Bombaim, Brunei, Coreia, entre muitos outros.São mencionadas entre outras mercadorias as seguintes: açúcar, algodão, arroz, chá, enxofre, ópio, rapé, sal e salitre.
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