Claudino Costa Madeira

Fonds

PT/TT/CCM

Claudino Costa Madeira

Arquivo Nacional da Torre do Tombo

1926

1976

4 liv. de doc. textuais; 104 u.i. com c. 40.000 doc. fotográficos (negativos e positivos, vidro, acetato, papel, p/b e cor, 35mm, 6x6cm, 9x12cm, 13x18cm, entre outros formatos, gelatina e sais de prata

Claudino Assunção Costa Madeira nasceu em 7 de Março de 1907, no lugar da Moita, freguesia da Atalaia, concelho de Vila Nova da Barquinha e faleceu a 11 de Junho de 1983 na freguesia da Ajuda, Lisboa. Casou em 1928 com Lígia Pinto Ferreira, tendo-se divorciado em 1954. No mesmo ano casou em segundas núpcias com Júlia Mendonça Madeira, tinha o seu estúdio na rua da Misericórdia, n.º 66 e residia na rua D. joão V, n.º 12 r/ch esq., também em Lisboa.Claudino Assunção Costa Madeira era repórter fotográfico profissional da imprensa, e terá trabalhado para vários jornais e instituições, entre os quais O Primeiro de Janeiro, Diário Popular, Agence France-Press, Flama, Camisaria Flórida, Banco Português do Atlântico, os Amigos do Livro - Editores Ldª. Esteve presente com trabalhos seus na I Exposição dos Repórteres Fotográficos, que decorreu no dia 25 de Maio de 1956 na Casa da Imprensa, destinada exclusivamente aos profissionais inscritos no Sindicato Nacional dos Jornalistas. Nela participaram também nomes como Horácio Novais, Dinis Salgado, Judah Benoliel, José Mesquita, Francisco Viana, António Silva, Ismael Ferreira, Beatriz Ferreira, António Marques, Armando Serôdio, Jorge Garcia, Jaime Santos, João Ribeiro e Firmino Santos. No dia 25 de Junho de 1969, voltou a expor o seu trabalho, no Palácio da Independência. A exposição ‘Os 40 anos de Salazar ao serviço da Nação’, foi inaugurada pelo presidente da República, Américo Deus Rodrigues Tomás, estando presentes várias personalidades civis e militares ligadas ao Estado Novo.No cinema, participou em fotografia de cena nos filmes: 'O Milionário' (1962), 'O Miúdo da Bica' (1963) e 'A Última Pega' (1964).

Esta documentação foi adquirida pelo Arquivo Nacional de Fotografia em 1978, a Claudino da Costa Madeira, desconhecendo-se a sua forma de aquisição. Pelo Relatório de actividades 1976-1983 do Arquivo Nacional de Fotografia, elaborado por José Luís Madeira, sabe-se que a documentação esteve armazenada no Museu Nacional do Traje até 1979, de onde passou para duas salas cedidas na Biblioteca Nacional até Fevereiro de 1981, e daí para os imóveis anexos ao Palácio da Ajuda onde começou a funcionar o então designado Arquivo Nacional de Fotografia (ANF), que partir de 1980 e pelos Decreto-Lei n.º 59/80 de 3 de Abril e Decreto Regulamentar n.º 34/80 de 2 de Agosto, passou a estar subordinado ao Instituto Português do Património Cultural.O Decreto-Lei n.º 278/91 de 9 de Agosto ao mesmo tempo que criou o Instituto Português de Museus (IPM), extinguiu a Divisão de Fotografia do IPPC, colocando na dependência directa do Director do IPM a gestão do património fotográfico. Na lista Espólios do ANF, da responsabilidade de Vitória Mesquita e datada de 1996, este fundo é apresentado como contendo cerca de 40.000 documentos fotográficos. Surge ainda nesta lista a referência a uma outra parte do espólio de Claudino Costa Madeira, adquirida a Júlia Mendonça Madeira, em 1987, composta de 2933 documentos sobre teatro musicado, para os anos de 1940 a 1960, mas não foram localizados. Através do Decreto-Lei n.º 160/97 de 25 de Junho foi criado o Centro Português de Fotografia (CPF), e na sua dependência o Arquivo de Fotografia de Lisboa. Parte dos fundos custodiados pelo extinto Arquivo Nacional de Fotografia foram incorporados no CPF, sendo transferidos, em Setembro de 1999 do anexo do Palácio da Ajuda, para o edifício da Torre do Tombo, local onde se instalou provisoriamente o Arquivo de Fotografia de Lisboa do CPF. O Decreto-Lei nº 93/2007, de 27 de Março e a Portaria nº 372/2007 de 30 de Março consagraram a dependência do CPF em relação à Direcção Geral de Arquivos (organismo que resultou da fusão entre o Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e o Centro Português de Fotografia), e a documentação do Arquivo de Fotografia de Lisboa foi integrada no Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

As imagens englobadas neste fundo representam reportagens diárias da vida social e política portuguesa (exposições, inaugurações, congressos, tomadas de posse, condecorações, etc.), personalidades (Salazar, Américo Tomás, Carmona, Carmen Mendes, Virgílio Teixeira e Amália Rodrigues), desporto (hóquei em patins, futebol, atletismo, vela, volta a Portugal em automóvel, boxe), passatempos, teatro e máquinas. A maioria dos documentos fotográficos está acondicionada em envelopes da Agence France-Press, com um carimbo de O Primeiro de Janeiro. Estes envelopes contêm a data e o título da reportagem. Existem quatro livros de registo (1943 a 1968).Inclui fotografias do funeral do Professor Oliveira Salazar.

Ordenação numérica por sequência cronológica, e temática.

Documentação não acessível ao público e que aguarda tratamento.

Português

PT/TT/CCM, Livros de registo, 1943-1968. Estes livros de registo estão organizados cronologicamente e permitem recuperar informação sobre o número de pedido de serviço, o tema fotografado, a quantidade de negativos, a data e o preço do serviço, para as datas indicadas.

PT/TT/FLA. No fundo Flama existem fotografias da autoria de Claudino Costa Madeira.