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De Goa, a 30 de Dezembro de 1643, o vice-rei da Índia, Conde de Aveiras, D. João da Silva Telo, informou D. João IV de que em 1639 tinham ido de Roma para o Estado da Índia, por ordem de Urbano VIII e da Sagrada Congregação de Propaganda Fidei, quatro padres teatinos italianos, o que contrariava a lei, por serem estrangeiros. Em Janeiro de 1646 o vice-rei notificou os religiosos de que tinham de sair, e eles conformaram-se com as ordens recebidas, acrescentando, no entanto, que desejavam manter um hospício para alojar os seus missionários em trânsito para os seus destinos. Várias instituições religiosas, civis e militares de Goa, intercedem então a favor dos teatinos, dizendo o padre teatino Pedro Avitable ao rei em 2 de Fevereiro de 1648, que eles faziam muito bem em Goa, e que melhor seria expulsar os europeus do Norte que com armas tiram praças ao rei, aos índios cristãos a fé católica, às igrejas as imagens, a Deus o verdadeiro culto. Trata-se de um códice factício que inclui o alvará de fundação do Convento de Nossa Senhora da Divina Providência em Lisboa (1653), a fundação do hospício de Goa, sobre a saída dos religiosos teatinos, notícia das missões na Índia, certidões sobre 'o muito que trabalham os nossos religiosos e admirável testemunho do rigor com que observam a estrata pobreza de nossa regra', entre outos.Os selos de chapa de papel e de lacre que se encontram neste códice dos prelados das províncias e custódias da Índia Oriental e outras instituições são os seguintes: selo da Mesa Capitular da Sé de Lisboa (f. 2); selo do vigário-geral de São Domingos, o vigário-geral de Santo Agostinho, o provincial dos Observantes, o provincial dos Agostinhos e visitador apostólico, deputado mais antigo do Santo Ofício e Ordens Militares (f. 15v.); do presidente dos Carmelitas, Frei Manuel do Espírito Santo, ministro provincial dos Franciscanos descalços (f. 16); da Misericórdia de Goa (f. 19); do Arcebispo Primaz, Frei Francisco dos Mártires (f. 25); dos prelados das Províncias e Custódias da Índia Oriental (f. 28-29); de Frei Pedro, vigário-geral de S. Domingos, Frei João da Rosa, prior do convento de Santo Agostinho, Frei Manuel do Espírito Santo, vice-comissário-geral de S. Francisco (f. 28v.); de Frei Gonçalo da Conceição, ministro provincial dos Observantes, Frei Martinho de São João, vigário provincial da província da Madre de Deus (f. 29); Manuel de Mendonça, provincial da Companhia de Jesus; Frei Estêvão de Jesus, visitador-geral dos Carmelitas Descalços do Oriente; Lopo Gomes de Abreu, capitão da cidade de Goa (f.34).Tem índice no início do livro.Tem inclusos dois documentos soltos.