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Pública-forma da tradução da bula do Papa João XXII pela qual se instituira e erigira a Ordem de Cavalaria de Nosso Senhor Jesus Cristo, mandada fazer pelo rei D. Dinis
Identification
Description level
File
Reference code
PT/TT/GAV/7/8/5
Title
Pública-forma da tradução da bula do Papa João XXII pela qual se instituira e erigira a Ordem de Cavalaria de Nosso Senhor Jesus Cristo, mandada fazer pelo rei D. Dinis
Title type
Atribuído
Holding entity
Arquivo Nacional Torre do Tombo
Initial date
1320-05-11
Dimension and support
1 doc. (12 f.); perg.
Context
Custodial history
No verso está registado “Traslados dos privilégios da Ordem de Jesus Cristo tirados do latim em linguagem e tornados em pública forma”. “Con[certa]da”. “Era de 1358, 11 dias do mês de Maio”. Rubrica: “À Ordem de [Cristo] traslado em linguagem da Bula por que foi instituída e novamente criada a dita Ordem e doutros que neste livro acharam escritas em latim etc.[?]”. [Da mão de Francisco Nunes Franklin, Oficial maior do Arquivo da Torre do Tombo] a remissiva: "Vide Gav. 7, maço 5, n.º 2: Gav. 7, maço 8, n.º 1 e 8".
Content and structure
Scope and content
Bula "Ad ea ex quibus" do Papa João XXII pela qual se instituira e erigira a Ordem de Cavalaria de Nosso Senhor Jesus Cristo, designando para sua residência a vila de Castro Marim, e lhe unia, aplicava e apropriava todos os rendimentos, jurisdições, posses, regalias e privilégios que em Portugal possuía e gozava a Ordem dos Templários, extinta pelo papa Clemente V e nomeava seu grão-mestre Egídio Martins, e sujeitava a Ordem à correcção e visitação dos abades de Alcobaça, datada de Avinhão, 14 de março de 1319. O Papa doa a Igreja paroquial de Santa Maria do Castelo de Castro Marim, do Bispado de Silves à Cavalaria dos lidadores da Fé, que façam profissão na Ordem segundo a regra de Calatrava e Ordenações de Calatrava, e que seja chamada Ordem da Cavalaria de Jesus Cristo, fazendo Mestre Gil [Egídio] Martins que antes era Mestre da Casa de Avis, Bispado de Évora, da cavalaria da Ordem de Calatrava de que era professo, quitando-o do dito mestrado, e outorgando-lhe a cura e administração e regimento da Ordem da Cavalaria de Jesus Cristo, pelo que deu poder aos freires da Casa de Avis para elegerem ou proverem o seu mestre. Aos freires da nova Ordem que tenham e usem de todos os privilégios e liberdades e indulgências que têm o Mestre e os freires da Ordem de Calatrava, outorgando, doando, juntando e incorporando, anexando para todo o sempre à Ordem de Jesus Cristo, Castelo Branco, Longroiva, Tomar, Almourol e todos os outros castelos, fortalezas e outros bens e pertenças que a Ordem do Templo em outro tempo tinha e havia nos reinos de Portugal e do Algarve. Foram procuradores do rei D. Dinis, os varões João Lourenço e o sage Pero Perez, cónego de Coimbra, com procuração datada de Lisboa, 14 de agosto de 1318, para tratarem e ordenarem com o Papa o direito sobre todos os bens que os freires do Templo em outro tempo tinham nos nossos reinos. Forma do juramento que o Mestre Gil Martins e os seus sucessores deviam fazer ao Papa representado pelo Abade de Alcobaça e que este logo enviaria a Roma. Inclui também a menção à Bula “Desiderantes ab intimis” do Papa João XXII, datada de Avinhão, 15 de março, ano terceiro do pontificado [1319], dirigida ao Mestre Egídio Martins escusando-o e a seus sucessores de irem a Roma de três em três anos como tinham jurado fazer (visita "Ad Limina Apostolorum").Trata-se do Instrumento público, feito na Chancelaria do rei D. Dinis, em presença do varão e sage D. Francisco Domingues, Prior de Santa Maria da Alcáçova de Santarém e Chanceler do Rei, o qual mostrou um privilégio com fios de seda vermelhos e amarelos e com bola de chumbo verdadeira e entregue do papa João XXII, bolado em que estava contido como o dito Papa fez e ordenou a Nova Ordem da Cavalaria de Jesus Cristo, assim como a segunda Bula mencionada, a Domingu’ Eanes, tabelião público, que por mandado do Rei e autoridade do Chanceler os viu e leu e [de latim em linguagem] trasladou e em este caderno, de sua mão em forma pública escreveu e tornou, pondo seu sinal público. Foram testemunhas Henrique Esteves cónego de Coimbra, Pero Soares cónego de Santa Maria da Alcáçova de Santarém, João Martins dito “fruitoso” Tabelião de Santarém, Pero Verva clérigo de Guimarães, Mem Gonçalves, João Gil escudeiro e João Aires homem do Rei vizinhos de Santarém, Vicente Gil escrivão na Chancelaria, Fernão Gil escudeiro do Chanceler, Pedro Álvares vizinho de Lisboa, e outros muitos.
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Language of the material
Português
Other finding aid
ARQUIVO NACIONAL DA TORRE DO TOMBO - [Base de dados de descrição arquivística]. [Em linha]. Lisboa: ANTT, 2000- . Disponível no Sítio Web e na Sala de Referência da Torre do Tombo. Em actualização permanente.MAIA, Manuel da - "Colleçam e inventario de todas as bullas, breves e trasumptos pontificios que se achão neste Real Archivo da Torre do Tombo athe o fim do anno de 1751". Manuscrito. 1751. Acessível na Torre do Tombo, Lisboa, Portugal, Instrumentos de Descrição, Índice de Bulas e Breves L.5, f. 128v.
Associated documentation
Related material
Registo em Portugal, Torre do Tombo, Leitura Nova, liv. 53 (Livro de Mestrados), f. 120v-125. Bula original: Portugal, Torre do Tombo, Gavetas, Gav. 7, mç. 5, n.º 2. Traslado autêntico em latim: Portugal, Torre do Tombo, Gavetas, Gav. 7, mç. 8, n.º 6. Pública forma em latim: Portugal, Torre do Tombo, Gavetas, Gav. 7, mç. 8, n.º 8. Traslado assinado por Frei António de Lisboa: Portugal, Torre do Tombo, Gavetas, Gav. 7, mç. 8, n.º 1.Relação sucessora:Transcrito sumariamente em Portugal, Torre do Tombo, Reforma das Gavetas, liv. 11, f. 105.Transcrito sumariamente em Portugal, Torre do Tombo, Reforma das Gavetas, liv. 11, f. 73 v.
Notes
Notes
Nota ao elemento de informação "Âmbito e conteúdo": Procuração datada da [E. 1356].
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