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Escritura de testamento com que faleceu Maria do Couto viúva que ficou de Cláudio Ferreira, da Vila de Ílhavo.
Identification
Description level
Documento composto
Reference code
PT/ADAVR/NOT/CNILH2/001/0001/00011
Title
Escritura de testamento com que faleceu Maria do Couto viúva que ficou de Cláudio Ferreira, da Vila de Ílhavo.
Holding entity
Arquivo Distrital de Aveiro
Initial date
1798-11-09
Final date
1798-11-09
Dimension and support / Extents
1 doc.; f. 13-17
Content and structure
Scope and content
No ano mil setecentos e noventa e oito aos nove dias do mês de novembro, (1798-11-09), compareceram na Vila e Couto da Ermida, no escritório do Tabelião, compareceram presentes o testamenteiro Reverendo Padre João Borges de Almeida, testamenteiro que ficou de sua tia Maria do Couto, e estando ela enferma de doença que deus foi servida, e por incerteza da hora da sua morte, e por entender ser conveniente e para prevenir duvidas e contendas que por sua morte pudessem suscitar sobre a sucessão de dos seus bens, visto não ter filhos nem outro descendente ou descendentes que seriam herdeiros recorreu a fazer testamento e dispor de seus bens temporais e de todo o mais que lhe pertencia da maneira seguinte. Depois de professar a sua fé na religião católica de se redimir de todas as suas faltas, e encomendar a sua alma ao divino criador, em oração descrita no documento, pediu que quarenta alqueires de milho e do mais pão e frutos que se achassem e abatida a despesa que fizessem com a colheita, doassem de esmola cento e cinquenta reis em missas ditas dentro do tempo de seis meses depois do seu falecimento, tinha de sua vontade o seu sobrinho Reverendo Padre João Borges de Almeida a quantia de quinze moedas de quatro mil e oitocentos reis, para as despesas de seu funeral e o que restasse mandar dizer missas por sua alma, também deixou à Confraria da Freguesia o seguinte ao Santíssimo Sacramento, dois mil reis e à do senhor doze mil e duzentos reis, à da Senhora do Pranto e da Senhora do Rosário a cada uma mil duzentos reis, à de Santiago seis mil e quatrocentos e a de Santo António e Espírito Santo a cada uma destas três, também deixou a António dos Santos Branco a sua espingarda e seu barco com tudo o que lhe pertence, o carro com todas as mais alfaias, uma pipa cheia de vinho a qual ficaria sendo sua depois de vazia, oito alqueires de milho e dois de feijão a seus dois filhos e seus afilhados, deixou ao João uma leira que foi de José Nunes Alão, sita no Carril, nomeou a sua afilhada Maria Teresa que foi de João Francisco Morgado, sita no caminho de vagos, também deixou uma cama de dois leitos, também deixou a seu afilhado Manuel filho do Neves o aído das figueiras com sua casa e se lhe assistir na Vila da Ermida e não assistindo a casa […] repartindo quando e lhes tiverem necessidade o mesmo Manuel António Facão e quando algum de eles falecesse de daria ao outro irmão o legado ou resto dele, também quis e tinha vontade que o produto de todo o dinheiro por que se vendessem as juntas de bois tanto as que tinha em casa como as que tinha Luís Ferreira e todo o mais dinheiro que tinha que fossem ditas missa por sua alma, de seu irmão e do marido, e dispondo de seus bens moveis e imóveis como de raiz, o fez pelo modo seguinte, e instituí como por seus herdeiros e testamenteiros, o seu sobrinho Reverendo Padre João Borges de Almeida e Manuel António Facão por ser casado com a sua sobrinha Ana Borges e foram juntamente com os herdeiros as suas duas sobrinhas Maria Antónia viúva de Joaquim Domingues e Clara Solteira, e para direito com todos e demandar na repartição dos mesmos foram distribuídos desta forma, ao Reverendo Padre João Borges de Almeida, deixou as terras que tinha na Chousa da Ermida, que levariam de semeadura vinte alqueires, sita no sitio da Chousinha ou na terra que foi do Padre António da Ermida sito no sitio chamado da Bispa, mais um pinhal no sitio da Miota, mais outro pinhal que foi de Dona Ana no sitio do Chão do milho com encargo de mandar dizer por sua alma seis trintários de missas um pela lama de sua cunhada e as mais pela alma de seu marido e seis trintários seriam ditos durante o tempo de três meses depois do seu óbito, e todos os bens que deixou ao sobre dito Padre, queria que depois da morte dele, ficassem sendo de seus sobrinhos e seus afilhados que são um filho de sua irmã Teodora outro de sua irmã Maria e outra de seu irmão José Borges. A sua sobrinha Ana Borges mulher de Manuel António Facão deixou o mesmo assentamento de casas em que […] mais uma leira de terra pegada ao seu chão grande que tinha na Agra da Ermida mais um bocado de terra na mesma Agra junto ao do José do André e de Pedro Fernandes da Rocha mais uma terra de cinco alqueires de semeadura sita no Chão do Loureiro que parte do rio mais um Chão do Valado que levaria sete Alqueires de semeadura mais um bocado de vinha que esta no caminho de vagos adiante do nicho das almas e mais uma leirinha no Vale de Riba que esta pegada com sua e lhe deixou toda a fazenda com obrigação de mandar dizer seis trintários de missas pela sua alma e de seus pais e irmão. A sua sobrinha Maria Antónia deixou uma terra chamada o Chão do Forneiro que levaria de semeadura dez alqueires pouco mais ou menos, mais outra na Chousa Nova que levaria de semeadura dois alqueires e meio e mais outra de dez alqueires mais uma vessada abaixo da capela de Santiago mais um pinhal ambos das Chousas e tudo isto lhe deixou com condição de mandar dizer quatro trintários de missas. A sua sobrinha Ana Solteira filha de Manuel Nunes da Costa, deixou dois bocados de terra sita na Alagoa, chamada a Congesta da Fernanda mais outra na Agra que levaria de semeadura cinco alqueires de semeadura que traria de vida Manuel Ribeiro, outra na Gândara da Domingas que de semeadura levaria cinco alqueires, e deixou uma fazenda com a obrigação de mandar rezar quatro trintários de missas por sua alma, também foi de sua vontade que todos os demais bens, moveis, roupas, e alfaias fossem repartidos igualmente entre os seus herdeiros […] e as suas caixas maiores seriam repartidas amigavelmente. Também deixou ao seu mencionado herdeiro Reverendo Padre João Borges de Almeida, um pinhal sito junto ao caminho que vai para vagos ao pé do nicho das almas ao qual lhe chamam de Chão da Fernanda, e também foi sua vontade que a ele o segundo testamenteiro Manuel António Facão dessem do que lhe pertencera e a sua sobrinha e afilhada dar mil e duzentos reis, e a seu afilhado e filho de Francisco Morgado o mesmo e a sua afilhada filha do Neves o mesmo e a cada um dos seus três afilhados mil e duzentos reis e ficaram obrigados os seus testamenteiros a depositar os recibos destes legados e todos os mais que se contem no testamento e por confiar da sua verdade estes fariam a sua vontade […] e a rogo da testadora com as testemunhas presentes o Capitão Diogo de Oliveira do Amaral; Luís dos Santos Vidal; Paulo Nunes Barão; João António de Oliveira; Manuel de Oliveira; Filipe da Rocha; Domingos Solteiro filho de Francisco Nunes de Paulos, todos da Vila de Ílhavo e Couto da ermida.
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