Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas
Edifício da Torre do Tombo, Alameda da Universidade
1649-010 LISBOA
Tel.: +351 21 003 71 00
Fax.: +351 21 003 71 01
secretariado@dglab.gov.pt
Identification
Description level
D
Reference code
PT/AHALM/CMALM/U/001/000128
Title
Ator António Assunção.
Holding entity
Arquivo Histórico de Almada.
Initial date
1991-07
Final date
1991-07
Dimension and support / Extents
1 doc. fotográfico (positivo, cor, 16 x 10 cm); papel.
Content and structure
Scope and content
Imagem do ator no decorrer da 8ª Festa de Teatro, no bar Acercadanoitte, em Almada. António José Dias Assunção, ator português, nasceu em Paços de Ferreira no dia 29 de Agosto de 1945. Morreu em Nova Iorque, em 20 de Agosto de 1998, vítima de ataque cardíaco. O grande público conhecia-o sobretudo através dos personagens que representou em séries televisivas, onde ficaram célebres o seu divertidíssimo ‘chefe de polícia’ em “Zé Gato” (1979), o seu ‘frade bonacheirão e comilão’ em “Caldo de Pedra” ou o seu ingénuo ‘detetive Tó’ em “Duarte e Companhia” (1980/89), figuras que o popularizaram e que ajudaram a criar dele uma imagem de ator cómico.Embora sendo verdade que era um humorista de enorme talento, não é menos verdade que foi igualmente um grande ator dramático, tendo desempenhado exemplarmente os mais marcantes papéis criados pelos maiores dramaturgos mundiais, como Bertolt Brecht, Federico García Lorca, William Shakespeare, Nicolau Gogol, Molière, Gil Vicente e Samuel Beckett. Estreou-se no Teatro Experimental do Porto, aos dezanove anos, com a peça “O Avançado Centro Morreu ao Amanhecer” de Guzani, seguido de “Desperta e Canta” de Clifford Odets e de “O Barbeiro de Sevilha” de Beaumarchais.Em 1966, foi para Paris, onde cumpriu um exílio de oito anos, escapando assim à Guerra Colonial. Na capital francesa conheceu o ator e encenador Carlos César, que havia criado o Teatro Oficina Português, com o qual representou mais de uma dezena de espetáculos que incomodaram seriamente os governos de Salazar e de Marcelo Caetano, como “A Exceção e a Regra”, “Felizmente Há Luar” ou “O Grande Fantoche Lusitano”. A polícia política (PIDE), omnipresente, fazia os seus relatórios… (...) regressou a Portugal e envolveu-se na criação do Teatro de Animação de Setúbal, do qual foi um dos principais animadores durante o período inicial. Ali, sempre sob a direção de Carlos César, representou alguns espetáculos memoráveis, como “A Maratona” de Claude Confortès, “Tartufo” de Molière ou “O Destino Morreu de Repente” de Alves Redol. Em 1977, depois da última apresentação da peça “O 10º Turista” de Mendes de Carvalho, deixou Setúbal e rumou a Lisboa para integrar o Grupo de Teatro de Campolide, atual Companhia de Teatro de Almada. Integrando o elenco da companhia dirigida por Joaquim Benite, onde se manteve durante mais de vinte anos, António Assunção assinou algumas das mais brilhantes criações de toda a sua carreira. É inesquecível o seu ‘tanoeiro’ de “1383” de Virgílio Martinho, como foi também o seu ‘chefe Valadares’ de “A Noite” de José Saramago, assim como os personagens concebidos para “O Santo Inquérito” de Dias Gomes, “Dona Rosita, a Solteira” de García Lorca ou “A Vida do Grande D. Quixote e do Gordo Sancho Pança” de António José da Silva (O Judeu), entre outros. (...) ainda conseguiu dar vida e corpo a personagens notáveis em filmes de Luís Filipe Rocha (“Amor e Dedinhos de Pé”), Fernando Lopes (“Crónica dos Bons Malandros”), Luís Galvão Teles (“A Vida é Bela”), António de Macedo (“Os Abismos da Meia Noite”), entre outras produções nacionais e estrangeiras, como “A Casa dos Espíritos”. (...)O actor faleceu (...), a poucos dias de completar cinquenta e três anos de idade.- Gabriel de Sousa In :https://topatudo.blogspot.com/2016/08/29-de-agosto-antonio-assuncao.html
Access and use
Language of the material
por
Comments