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Negativo. Trabalhadores na oficina da Fábrica de Pratas Casa Reis & Filhos, por Fotografia Guedes (?)
Identification
Description level
D
Reference code
PT/AMM/AMR/FT/NG01/123
Title
Negativo. Trabalhadores na oficina da Fábrica de Pratas Casa Reis & Filhos, por Fotografia Guedes (?)
Holding entity
Câmara Municipal de Mafra; Arquivo Histórico Municipal de Mafra
Initial date
1920
Final date
1929
Dimension and support / Extents
17,8x23,8 cm
Content and structure
Scope and content
Negativo. Trabalhadores na oficina, em actividade. Mostram-se uma série de operários adultos e crianças (e um encarregado?) trabalhando em peças diversas, com predominância das salvas. Esta parece ser uma fotografia encenada: todas as peças estão inclinadas para aparecer na imagem e tanto máquinas como operários permanecem imóveis durante o tempo de exposição: caso contrário, todos os movimentos ficariam registados (especialmente os movimentos rotativos das máquinas de polimento à esquerda do enquadramento). O espaço corresponde à sala de oficina da "Casa Reis - Fábrica de Pratas", onde António Maria trabalhou até à década de 20' do século passado, espaço esse identificado a partir da comparação da arquitectura com a de outros espaços fotografados cujos negativos existem neste espólio ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-047, 064, 065, 066, 067, 068, 069, 070, 121, 122, 132, 133); no conjunto destes, destaca-se, em particular, um exterior no qual se vê a fachada do edifício, com placa aposta sobre a porta principal ( PT-AMM-AMR-FT-NG01-124). A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915 já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55).A fotografia deverá ser da autoria da Fotografia Guedes, uma vez que foi esta casa que fotografou as peças identificadas neste contexto, existindo vários espécimes assinados neste espólio, para além do negativo apresentar características semelhantes aos restantes relativos ao levantamento dos vários espaços da fábrica mencionada.
Access and use
Language of the material
por, spa
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