OFÍCIO do governador de São Tomé e Príncipe, coronel de Artilharia Gabriel António Franco de Castro, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar] visconde de Anadia [D. João Rodrigues de Sá e Melo] a descrever a sua viagem, a bordo da fragata Minerva, desde a cidade da Bahia até São Tomé e Príncipe, onde tomará posse do seu governo, a saber: partida da cidade da Bahia a 3 de Julho, tendo em 3 de Setembro avistado a costa de África ao Sul de Benguela, a ali fundeado no dia 5; partida no dia 27 para São Tomé e Príncipe, tendo lá chegado a 5 de Outubro; tomou posse do governo no dia seguinte, de que remete o termo incluso; remete a relação dos militares que vieram consigo da Bahia, além de dois capitães de ordenanças, um ajudante de Milícias e o sargento-mor da praça da ilha do Príncipe; o governador, Francisco da Cunha, autorizou o padre Caetano a ir como capelão de um navio da costa, o que faz muita falta nestas ilhas por haver insuficientes ministros a administrar os sagrados cultos da religião; ficaram na Bahia o cabo de esquadra, Bartolomeu José Moreira e o soldado, Manuel Ferreira de Aguiar, aos quais tinha S. A. R. concedido licença para virem consigo para servirem nesta ilha, mas tendo receado o seu clima pelas péssimas notícias que dele tiveram, se ausentaram, tendo tido tempo para providenciar o necessário para que nada lhes faltasse na sua fuga.