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Identification
Description level
D
Reference code
PT/UM-ADB/FAM/FAA-AAA/002031
Title
Carta de Ambrósio Joaquim dos Reis
Holding entity
Arquivo Distrital de Braga
Initial date
1816.08.24
Final date
1816.08.24
Dimension and support / Extents
8 pp. [7 pp. + 1 p. em branco]; 202 mm x 316 mm
Content and structure
Scope and content
Leu com muito gosto nos jornais portugueses o discurso que a Câmara do Rio de Janeiro fez ao Soberano em agradecimento pela elevação do Brasil a Reino Unido ao de Portugal e Algarves; e com dobrado gosto a resposta que Sua Majestade deu à mesma Câmara, anuindo à súplica de se elevar um monumento à memória de tão grande benefício. O autor, aconselha que tal monumento se materialize na edificação de um Palácio para a residência real no interior do Brasil, onde se possa prever a fundação de uma cidade que possa ser a capital do Brasil e a qual deveria adoptar um nome análogo ao do Soberano que a fundar. Tal estabelecimento traria grandes vantagens comerciais e da comunicação interna, facilidade na defesa do país "fugindo ao Rio de Janeiro onde o calor impossibilita toda a actividade e energia dos trabalhos". Louva a oferta de subscrição que o corpo de comércio do Rio de Janeiro subscreveu para a fundação de estabeleciementos de educação pública. Aconselha a abertura de estabelecimentos mais utéis à cidade e outras capitanias como escola prática de minas, onde se pudesse leccionar matérias como a aritmética, a geometria, a química, a mecânica e mais ciências naturais aplicadas às artes; estabelecimento de sociedades económicas nas diversas capitanias. Critica a ideia de fundar uma Universidade no Brasil, sustentando que no estado actual da Monarquia uma basta, porque outra "Fabrica de bachareis e letrados" aumentaria a "turba miserrima" destes e roubaria braços à lavoura e às artes e produziria um grande número de "semidoutos ociosos e falladores, de poetas de agoa doce, de propagadores de ideias liberais e dos direitos do homem", gerando grandes problemas num país como o Braisl onde a maior parte da povoação é composta de escravos e de gente de cor. Seria fatal para o Brasil e para toda a monarquia pois cortaria o quase único fio de ligação entre a metrópole e o novo reino.
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