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Identification
Description level
D
Reference code
PT/AMM/AMR/FT/NG01/030
Title
Negativo. Taça Manuelina , de António Maria Ribeiro, por Fotografia Guedes
Holding entity
Câmara Municipal de Mafra; Arquivo Histórico Municipal de Mafra
Initial date
1918
Final date
1923
Dimension and support / Extents
23,8x17,8 cm
Content and structure
Scope and content
Negativo fotográfico em vidro reproduzindo imagem de taça em estilo neomanuelino, denominada Taça Manuelina, da autoria de António Maria Ribeiro, muito provavelmente ainda executada na Casa Reis & Filhos, no Porto. Conforme Teresa Trancoso descreve, a taça "assenta num suporte de madeira decorado com uma corda em prata, quatro escudos de Portugal, e quatro cruzes da Ordem de Cristo. Da base da taça, despontam cinco colunas, quatro exteriores com decorações diversas, e uma interior, um pouco mais grossa. O bojo, de onde saem duas asas formadas por arcos manuelinos encimados por duas esferas armilares, encontra-se decorado com pequenas caravelas e a ornamentação do remate superior é feita com cruzes da Ordem de Cristo intercaladas com o escudo das Quinas" (Trancoso, 2009, p.120, 123) . Esta taça foi oferecida ao General Smith Dorrien, destinada a Gibraltar, onde exerceu funções de Governador entre 1918 e 1923, ano em que passa a viver em Portugal. A peça foi fotografada em cima de uma mesa, coberta com tecido, sobre fundo neutro escuro. Conforme indicação presente no cartão secundário da prova existente neste espólio (PT-AMM-AMR-FT-PR02-001), trata-se de uma fotografia da casa Fotografia Guedes.A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes a ocupar cargos na direcção da mesma. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura. (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Access and use
Language of the material
por, spa
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