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Identification
Description level
D
Reference code
PT/AMM/AMR/FT/PR02/019
Title
Fotografia de "Custódia", de António Maria Ribeiro, por Fotografia Guedes
Holding entity
Câmara Municipal de Mafra, Arquivo Municipal
Initial date
1922
Final date
1922
Dimension and support / Extents
Cartão secundário: 42x33,1 cm; Fotografia: 23,9x17,1 cm
Content and structure
Scope and content
Fotografia (prova a preto e branco) de peça de ourivesaria, uma custódia, em estilo neomanuelino, da autoria do escultor cinzelador António Maria Ribeiro, que faz conjunto com cálice e patena. Segundo Teresa Trancoso, "Da base da custódia, decorada com pedras preciosas e marfins encrostados com figuras religiosas, nascem quatro colunas torsas, encimadas por uma outra. As extremidades dos braços da cruz rematam com medalhões em marfim esculpidos com as imagens sagradas do Coração de Jesus e Coração de maria, São José e Virgem maria. Simbolizando o pão e vinho eucarísticos, surgem espigas de trigo e cachos de uvas filigranados que envolvem pequenos anjos. A decoração do cálice e da patena é semelhante à da custódia, mas ausente de filigrana, dispondo a patena da inscrição em latim "Agnus Dei qui tollis peccatta mundi dona nobis patem", Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz." (Trancoso, 2009, p.104). Peça fotografada em cima de mesa coberta com tecido negro sobre fundo negro. No cartão secundário encontra-se escrito, ao nível superior, "António Maria Ribeiro, escultor cinzelador, Ourivesaria d'Arte", e, ao nível inferior, a legenda "«Custódia» em filigrana, marfins e pedras preciosas. Adquirida para a Igreja da Candelária do Rio de Janeiro. Altura 1 metro". Por baixo do canto inferior direito da fotografia, encontra-se o carimbo da casa fotográfica, no qual se lê "Phtª Guedes. Stª Catharina, 262 = Porto". No canto inferior esquerdo do cartão secundário, surge a inscrição "Lincoln - escreveu -".O conjunto de que faz parte esta custódia foi, provavelmente, uma encomenda feita pela Colónia Portuguesa do Rio de Janeiro à Casa Reis & Filhos, adquirido para ser oferecido à Igreja da Candelária daquela cidade. Figurou na Exposição Internacional do Rio de Janeiro, em 1922, comemorativa do 1º centenário da independência do Brasil. (Trancoso, 2009, p.104).A Casa Reis foi fundada em 1880, no Porto, por António Alves Reis, tornando-se mais tarde na Casa Reis & Filhos, depois de os seus 2 filhos, Serafim e Manuel Reis, enveredarem pelo mesmo ofício. Trabalhava sobretudo para Portugal e Espanha. Em 1893, a Casa Reis & Filhos recebeu o título de ourives honorário da Casa Real Portuguesa. Apostou muito no profissionalismo, preparando muito bem os seus artifices e colocando profissionais muito competentes na direcção. Participou na organização dos I e II Congressos de Ourivesaria Portuguesa, em 1925 e 1926, integrando respectivamente a Comissão de Honra e a Comissão Nacional. Ao nível do tipo de produção, especializou-se em peças revivalistas, neogóticas e, sobretudo, neomanuelinas, religiosas e civis, com maior destaque para as de carácter historicista, em particular as que foram executadas por António Maria Ribeiro que, pelo menos desde 1915, já lá trabalhava, vindo a ser o seu director artístico durante muitos anos. Participou em inúmeras exposições nacionais e internacionais. Aquando da Grande Exposição Industrial Portuguesa em Lisboa, em 1932, já António Maria Ribeiro tinha as suas próprias oficinas de cinzelagem e fundição. A partir da década de 40', as referências à sua actividade começam a rarear, tendo cessado a mesma por essa altura (Trancoso, 2009, pp.51-55).
Access and use
Language of the material
por, spa
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