CARTA [do ouvidor-geral e provedor da Fazenda Real de Angola], Gaspar da Silva Reis, ao rei [D. Pedro II] sobre a chegada do Bispo D. Luís Simão Brandão e do desembargador Rodrigo Rebelo da Silva; afirmando que fora solto, restituído aos seus cargos e suspenso para lhe tirarem residência; informando que o desembargador era parente e futuro genro de Rodrigo da Costa de Almeida, seu inimigo, e cúmplice do governador Bernardino de Távora; alertando que na eleição dos oficiais da câmara para o governo daquele reino, os escolhidos eram parentes do dito Rodrigo da Costa de Almeida, que tudo fizera para ficar com o cargo de provedor da Fazenda Real, pelo que não podia esperar justiça; pedindo que Costa de Almeida e Pascoal Rodrigues de Queiroga fossem castigados e avisando que ficaria em risco se o novo governador fosse Fernão Martins Mascarenhas, porque era parente do ex-governador Luís César de Meneses, com quem tivera problemas.