OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, D. António Álvares da Cunha, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Diogo de Mendonça Corte Real, sobre o missionário carmelita descalço, frei Lourenço de Jesus Maria, andar a minerar na jurisdição do Golungo e terras de Bango Aquitamba; explicando que mandara o ex-capitão-mor do distrito, Simeão Pereira Bravo, averiguar e que este descobrira que as minas eram de um Caetano Álvares [de Araújo], homem que o signatário prendeu e interrogou, e mandou que o ex-capitão-mor fosse com ele aos rios Lifua e Lombige ver se havia ouro ou diamantes; explicando que Caetano Álvares era [português], trabalhara nas minas da América 18 anos e fugira para Angola onde obtivera a protecção dos padres carmelitas e fora enviado por eles a Bango Aquitamba; referindo que mandara chamar o missionário mas não acreditava que ele obedecesse ao prior; pedindo instruções para o caso de se encontrar ouro, porque a região era muito povoada de negros, brancos desertores, dembos, potentados e mubires do Luango.
1754-04-01