OFÍCIO do coronel comandante interino, Marcos Caetano de Abreu Meneses, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde de Basto [José António de Oliveira Leite de Barros], sobre um requerimento do ex-soldado do Corpo da Brigada Real da Marinha, António Perestrelo, no qual pede o pagamento do que se lhe ficou devendo, antes de partir para o degredo a que foi condenado; informa que tendo o suplicante sido sentenciado a degredo perpétuo para o presídio de São José de Encoge, com pena de morte se voltar ao Reino, e sendo por isso entregue ao juiz dos degredados em 9 de Julho último, foi em consequência excluído deste Corpo e se lhe passou uma nota como guia do que a Fazenda Real lhe ficou a dever de vencimento, de fardamento e de semestres, cuja nota é a própria com que o suplicante documenta o seu requerimento, assinada pelo major, Henrique de Sousa Mafra, comandante interino do 2º batalhão a que ele pertenceu, cuja liquidação de tais vencimentos deve ser feita na Contadoria Geral da Marinha, para depois lhe serem pagos pela Pagadoria, da respetiva Repartição da Marinha, como se tem praticado com outras praças em iguais circunstâncias.
1829-09-03
OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde de Basto [José António de Oliveira Leite de Barros], a informar que tinha feito demorar no porto, o brigue de guerra "Tejo", porque o governo do Brasil podia tomar atitude hostil contra Portugal, atacando Angola, mas como as circunstâncias indicam que é outro o seu sistema, remete o brigue de regresso, até porque a sua despesa é pesada a este governo e que o seu velame e massame, vão estando arruinados; segundo as ordens iniciais, o brigue regressaria por São Tomé, mas em Outubro deverão chegar uma ou mais embarcações trazendo o novo capitão-general, o que o faz demorar o brigue até novas ordens, tendo-o fornecido de tudo e pronto a dar à vela, assim que chegue o novo governador.
1829-08-26