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OFÍCIO do governador interino de Benguela, o tenente coronel do regimento de linha de Luanda, Joquim José Cardoso da Silva, ao secretário de estado da Marinha e Ultramar, [Conde de Subserra, Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real], a informar que no dia 7 de Novembro de 1823 foi preso na cidade pela tropa paga desta guarnição, o governador, João António Pusich; participa que o governador foi responsável por usurpações violentas, tendo passado a injuriar a tropa num Bando, tratando-os de ladrões; em consequência foi o mesmo governador remetido para Luanda, preso à ordem de S.M. e devendo o governador de Angola, Cristovão Avelino Dias, dar providências, para que a capitania de Benguela, se conserve em sossego; participa que foi nomeado seu governador interino, tendo tomado posse no dia 22 de Dezembro de 1823; encontrou os diversos ramos da administração da Fazenda Real, num miserável estado, tendo desertado 4 dos principais cabeças da rebelião; informa que a capitania se encontra finalmente em paz, tendo sido ajudado com todo o zelo e fidelidade, pelos tenente coronel graduado, Domingos Pereira Dinis, comandante das duas companhias de 1ª linha, pelo capitão da companhia de milícias do Dombe, José Nicolau Ferreira e pelo capitão comandante do reduto do Sul, Justiniano José dos Reis, os quais por estes relevantes serviços recomenda serem premiados, a saber: o tenente coronel com a efetividade do posto e os capitães, com o posto de major sem soldo, respetivamente.
1824-01-10
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