OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde de Subserra [Manuel Inácio Martins Pamplona Corte Real], a remeter o mapa demonstrativo da atual força existente na guarnição de Luanda; informa que uma grande parte das praças do Batalhão Expedicionário está arruinada de saúde e que o regimento de linha é na generalidade composto por grandes facínoras vindos de Portugal, do Brasil ou mesmo de Angola, sendo grande parte pretos; quanto ao regimento de milícias é péssimo a todos os níveis; decorrendo destes factos a débil resistência que este porto poderá oferecer a qualquer invasão; considera que, se a situação do Brasil se mantiver, é de absoluta necessidade aumentar a força com alguma tropa e munições de guerra, pois que à sua chegada não havia no depósito senão a pólvora dos particulares e agora existe apenas o que resta de 50 barris, que vieram consigo.
1824-11-18