OFÍCIO (cópia) do governador e capitão-general de Angola, Nicolau de Abreu Castelo Branco, para Joaquim Aurélio de Oliveira, em que, tendo-o nomeado governador interino da capitania de Benguela, dá-lhe algumas instruções sobre: 1) embarcações que chegarem, a fim de se tomar conhecimento dos acontecimentos no Rio de Janeiro, 2) se entre os empregados públicos e principais pessoas da cidade, tem havido algum espírito de turbulência e intriga, 3) só lhe remeterá os presos sobre os quais existam provas convincentes de insurreição contra as autoridades; informa que em Benguela se encontra no comando das companhias da sua guarnição, o tenente coronel, Domingos Pereira Diniz, os quais têm demonstrado a maior fidelidade e toda a eficácia e obediência na execução das ordens reais e a quem dirige os seus agradecimentos; participa que proporá a S.M. promoções destes militares, por antiguidade e bom comportamento, referindo que o tenente coronel Diniz pela sua atuação, tem grandes inimigos na cidade de Benguela; remete o capitão graduado de artilharia, José Maria Estrela, para ser empregue no comando das duas companhias, devendo-lhe conceder a gratificação mensal de 20$000 réis e alojamento; recomenda a maior pontualidade no pagamento e fardamento à tropa da guarnição; refere o fabrico da telha, de tijolo, de cal e de enxofre.
1824-10-21