OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a informar do envio de alguns escravos comprados por conta da Fazenda Real, para o serviço do Arsenal Real da Marinha, estando estes empregados nas oficinas do Real Trem de Luanda, a aprender ofícios; 26 escravos vão ser embarcados na fragata "União", a cargo de comandante, Rufino Peres Batista, tendo fugido 6, dos quais 4 foram apanhados; há dificuldades na sua compra pela afluência de compradores, que têm feito subir muito os preços e devido à grande quantidade de pólvora existente na cidade, pois só uma galera proveniente de Lisboa, desembarcou 1200 barris, de duas arrobas cada um.
1820-09-20