OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a participar da conclusão da Casa do Peixe que mandou construir; como há uma grande falta de peixe, lembrou-se de estabelecer duas campanhas de pescadores, uma na cidade e outra na ilha de Luanda, dispensando do serviço militar a todos aqueles que são militares e foram alistados; o seu plano tem em vista não só a abundância de peixe fresco, como promover a exportação do peixe seco e salgado para os portos do Brasil; informa da grande falta que havia de carnes de vaca e de porco nos açougues de Luanda, quando tomou posse do governo, tendo dado algumas providências, das quais resultou haver quem se obrigasse a dar carne de porco diariamente, da qual há hoje uma grande abundância, o mesmo acontecendo com a carne de vaca; informa que ordenou que viessem gados de Benguela, do Novo Redondo e de Ambaca, matando-se diariamente as rezes precisas para o consumo do povo.
1820-08-17