OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a informar que os espanhóis continuam a fazer o comércio nos portos de Ambriz, Zaire, Cabinda e Loango, tendo há poucos dias chegado ao Ambriz, uma galera; participa que um brigue que está no Zaire, quis obrigar as duas escunas desta cidade a venderem a escravatura, as quais temendo serem roubadas, fugiram de noite e entraram neste porto; certifica que nenhum navio espanhol que faz o tráfico de escravatura, tornará a entrar neste porto enquanto governar Angola, porém teme que façam alguns insultos ou cometam novos crimes nos portos do Norte de Angola.
1820-08-16