OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Manuel Vieira de Albuquerque e Tovar, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a remeter um ofício do regente interino do Novo Redondo, capitão, Manuel Lourenço Vieira, no qual expõe os motivos porque não pode remeter ainda a devassa de que foi encarregado de tirar, pois tendo sido acusado o regente daquele presídio, Inácio Sudré Pereira da Nóbrega, de ter consentido (utilizando 2 mil pesos) o embarque de 300 negros numa embarcação espanhola, mandou devassar pelo capitão do regimento de linha, Manuel Lourenço Vieira, mandando recolher à sua casa, sob prisão, o ex-regente; informa que atendendo à falta de armamento, remeteu 20 armas que foram consertadas no Real Trem, as quais pertenciam à guarnição da fragata "Luanda" e proibiu aos soldados serem negociantes ou aviados, vencendo soldo, fardamentos e tempo; participa que mandou consertar o armamento do regimento de linha, pois quando tomou posse do governo, tinha mais de 500 armas quebradas.
1820-06-28