OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a informar da compra que tem feito de escravos, tendo dado fundo neste porto o bergantim "Príncipezinho", comandado pelo capitão de mar e guerra, José dos Santos Lopes, destinado ao transporte dos mesmos; participa que estão comprados por conta da Fazenda Real, 61 pretos e 32 pretas, resultantes de uma escolha, esperando pelo envio do sertão de mais pretas, o que se torna mais difícil pela sua falta, a fim de completar a conta ordenada; analisa os espaços do bergantim para melhor acondicionamento dos escravos, atendendo ao seu número e à divisão entre sexos; foi feita uma caldeira para se fazer a comida e um novo fogão; descreve as peças de vestuário a utilizar pelos pretos e pelas pretas, remetendo a exata conta, para ser paga pela Junta da Fazenda Real de Angola; informa da remessa pelo governador de Benguela, de mais 5 pretas, perfazendo o total de 37 pretas prontas a embarcar.
1819-08-13