OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde dos Arcos [D. Marcos de Noronha e Brito], a informar que recebeu um ofício do regente do presídio de Novo Redondo, que lhe participava os atentados cometidos pelos filhos dos Sobas, vizinhos do presídio e pedindo-lhe socorro; decidiu preparar uma pequena expedição militar, a qual é composta por 1 capitão, 1 tenente, 1 alferes, 1 sargento, 5 cabos, 35 soldados e 1 tambor, formando no total 60 praças, apoiadas por uma peça de campanha e de todos os petrechos de guerra necessários; embarcaram também 15 recrutas para a companhia paga do presídio; a expedição foi transportada no bergantim "Bela Americana", de que é mestre e dono, José António Lisboa; embarcou também o capitão de cavalaria, Inácio André Pereira, que foi nomeado regente do presídio; considera que a expedição terá o efeito de evitar o derramamento de sangue, pois o gentio ficará receoso.
1819-04-28