OFÍCIO do governador de Benguela, Manuel de Abreu de Melo e Alvim, ao [Bispo de Angola, Frei João Damasceno da Silva Póvoas], a informar que no dia de São João, festejando-se o nome do nosso Augusto Soberano, subiu ao púlpito da Igreja Matriz, o padre, Manuel de Jesus Noga, que tinha chegado como capelão de navio, o qual afirmou que os exércitos portugueses entravam nas batalhas e ações, por uma falsa glória; defende a ação dos exércitos reais, explicando porquê; no dia 2 numa festa na Matriz, em honra de Nossa Senhora, o mesmo padre voltou a subir ao púlpito, na qualidade de vigário interino, afirmando que havia quem se opuzesse à pureza e virgindade da Mãe de Deus; considera que as blasfémias expostas lhe eram dirigidas.
1819-02-19