OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Tomás António de Vila Nova Portugal, a remeter por cópia, o ofício Nº 78 de 21 de Janeiro, do governador da capitania de Benguela, a sua resposta, outra carta do mesmo governador de 23 de Março de 1817 e a sua notável ordem de prisão ao vigário da freguesia da cidade de Benguela, o cónego Marcelino José de Campos, de 4 de Março; estes documentos demonstram a sua justa razão em deplorar a sorte daqueles povos, tendo como governador um sujeito que utiliza procedimentos arbitrários e irregulares, tendo sido o primeiro indivíduo a querer saír do seu comando na sua longa carreira, tendo tido a honra de ver debaixo das suas ordens homens de todas as qualidades e hierarquias, que se conformaram com o seu comando e que foram tratados com justiça; dá como exemplo, ter mandado prender os seus dois ajudantes de ordens, para serem corrigidos de algumas "rapaziadas", sendo um deles seu filho; considera que é necessário a quem governa, fazer-se respeitar e obedecer, pois a subordinação é a base e a conservação da ordem e da tranquilidade públicas, sobre as quais se estabelecem a segurança individual e do Estado.
1818-02-15