OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Tomás António de Vila Nova Portugal, a informar do transtorno em que estão todos os negócios relativos ao foro judicial, porque tendo falecido o Ouvidor-geral da comarca, José Joaquim Alves do Vale, encontra-se em funções o atual ouvidor interino, por cujas representações se verifica a falta de conhecimentos, tendo sido obrigado a repreendê-lo, devido à indiscrição de ler públicamente documentos incendiários; atualmente encontram-se muitas causas por decidir e muitos réus presos, sem que possam ser sentenciados em Junta de Justiça e em Junta Criminal, por falta de juiz relator, tornando-se urgente a tomada de providências para resolver o problema.
1817-11-18