OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [ Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde da Barca [António de Araújo de Azevedo], a informar da escassez de víveres, devido a não chover há 2 anos, sendo o seu dever procurar por todos os meios minorar o mal; propõe que as embarcações provenientes dos portos do Brasil, buscar escravatura, tragam um excesso de mantimentos que aqui possam ser vendidos; atualmente vende-se o saco de farinha de mandioca por mais de 7 mil réis e o saco de milho por 6 mil réis; informa que a dificuldade que existe na navegação das ilhas de São Tomé, para os portos do Sul, especialmente em monção contrária, priva-nos dos socorros; participa que para lá partiu uma embarcação, buscar mantimentos e oficiará aos governadores dos portos do Brasil, no mesmo sentido.
1816-08-04