OFÍCIO do governador e capitão-general de Angola, Luís da Mota Feio [e Torres], ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Conde da Barca [António de Araújo de Azevedo], a informar da situação do Trem; os seus depósitos estão quase exauridos e tudo o que é necessário, compra-se por preços exorbitantes; ordenou ao ajudante das Obras Reais, Joaquim de Abreu, que elaborasse uma lista dos géneros mais necessários para o fornecimento daqueles depósitos, a qual remete; considera necessário, que esteja sempre neste porto uma pequena embarcação veleira, capaz de ir para Barlavento ao porto de Benguela, em monção contrária, em ocasião urgente ou para perseguir degredados, que furtando embarcações, procuram fugir para Cabinda; considera que forrar as embarcações de cobre, é economicamente viável, porque assim duram mais tempo e fazem menor despesa; dá conta da grande necessidade do envio de uma bomba, para acudir aos incêndios que aqui são frequentes nas cubatas dos negros.
1816-08-04