OFÍCIO do [governador e capitão-general do reino de Angola], Miguel António de Melo, ao [secretário de estado da Marinha e Ultramar], Rodrigo de Sousa Coutinho, sobre o falecimento do recém-chegado desembargador e ouvidor-geral Honorário António Rodrigues da Cunha, sem que lhe pudessem valer os professores de cirurgia [de Luanda], já que de Medicina não havia nenhum; referindo que o lugar de ouvidor-geral ficava vago e ficaria a servi-lo interinamente o juiz de fora Félix Correia de Araújo, que passara as varas do cível, crime e órfãos ao vereador mais velho; pedindo que informasse Sua Majestade desta matéria, pois a falta de um Ouvidor-geral era grave e atrasaria a administração da justiça e prejudicando o sossego dos povos e o bom serviço de Sua Majestade; devendo os ministros nomeados para estes cargos serem, para além de doutos e irrepreensíveis, robustos e de idade florente.
1798-12-28